Atividades como ‘workshops’ visam cativar público de dentro e fora da instituição. Objetivo é valorizar produção de conhecimento nacional. Por Mafalda Adão e Guilherme Borges
No âmbito do projeto Ciência Viva, a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) organizou a Semana da Ciência e da Tecnologia, para dar a conhecer o seu trabalho na área. Entre os dias 20 e 26 de novembro, a instituição pretende expor os contributos dos cientistas para o avanço do conhecimento e para o bem-estar da sociedade. Nesse sentido, o programa conta com várias atividades, como oficinas, passeios científicos e visitas a laboratórios.
No dia 22, vai ser realizado um percurso interpretativo pela ESAC, bem como ‘workshops’ para mostrar o trabalho feito a nível de sustentabilidade ambiental, como um sobre plantas invasoras. Já no dia 24, os laboratórios vão estar abertos ao público e, no Café da Ciência, vai ser abordado o tema “Ambiente e Sustentabilidade no nosso dia-a-dia”. Nessa data, vai também ter lugar uma homenagem a Rómulo de Carvalho.
A professora responsável pelas atividades do Ciência Viva, Fernanda Ferreira, sublinha que esta é uma iniciativa com “contributos importantes”, na medida em que dá a conhecer o que é feito na ESAC. Em relação aos projetos apresentados durante a semana, destaca “um estudo sobre variedades tradicionais de milho e de medronho”. A professora fala ainda de “investigações acerca do porco bísaro e da raça Jarmelista de bovinos”, do “aprimoramento de rações para suínos” e, ainda, de “trabalhos diversos na área da economia circular”.
O público-alvo consiste maioritariamente em interessados na área científica e nos projetos e atividades desenvolvidas pela instituição. No entanto, como ocorrido no ano passado, Fernanda Ferreira espera conseguir “cativar pessoas de fora da ESAC” e, por essa razão, vão ser feitas visitas a escolas durante a semana. A professora declara ainda que, durante o primeiro dia, “vários alunos demonstraram interesse em ver os trabalhos que tinham sido feitos”. Porém, relata que, para as atividades que precisam de inscrição, “a afluência foi menor”.
Fernanda Ferreira conclui que, “embora a ciência seja vista como algo vindo de fora, na maior parte das vezes, o que é feito em território nacional é de extrema qualidade”. Em comparação com outros países, considera que “Portugal consegue fazer mais, apesar de ter menos financiamento”. Acrescenta também que a ESAC tem “excelentes investigadores” e que “é de grande importância que isso transpareça para o público”.
