Novo espetáculo do TEK vem dar vida a personalidades históricas. Projetos futuros incluem criação de grupo de iniciação teatral. Por Bárbara Monteiro
“Os Vadios do Vento que Passa” é o título da peça que o grupo do Teatro Experimental Kagadal (TEK) vai apresentar no próximo dia 1 de dezembro, no Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC), pelas 18h. A entrada é livre pois, para Arianna Angoli, membro do grupo, “a arte deve ser gratuita”, o que permite que qualquer pessoa possa “aceder ao meio artístico”.
O projeto TEK foi criado em 1994, porém “cessou atividade” poucos anos depois, explica a participante. Contudo, foi graças a um grupo de estudantes de Estudos Artísticos e a elementos da República dos Kágados que esta companhia voltou a ganhar vida. “É um espaço de partilha, de experimentação, onde cada um pode tentar fazer o que imagina”, comenta.
A ideia para o nome do espetáculo surgiu após uma entrevista a antigos membros da Real República Rás-Teparta, mas foi a primeira edição do Festival “Peça-Palavra” que serviu como inspiração à peça, refere Rafael Petito, elemento do TEK. Nesse evento, foi discutido “o poder da palavra como uma arma”, explica. Através dela, “é possível retomar figuras históricas que já não estão aqui presentes”, considera o estudante.
Com esta apresentação, a companhia de teatro pretende manter eternizadas essas personalidades marcantes. Ao trazer as suas vozes para a atualidade é possível recordar “toda a importância que tiveram quer no contexto da vida dos estudantes, quer no dia-a-dia das repúblicas”, revela Rafael Petito.
Quando questionados sobre planos para o futuro, o TEK contou que vai criar um grupo de iniciação ao teatro, de forma a ajudar e incentivar quem nunca experimentou e está interessado em aprender. “Convidamos todos a participar e a trazer ideias”, apela Arianna Angoli, relembrando que “este é um meio para concretizar o que existe no imaginário de cada um”.
