Ensino Superior

Luísa Batista apresenta candidatura à MAM/AAC

Maria Silvia Lima

Comunidade académica deve “seguir os valores de abril: princípios de união e democracia”, ressalta candidata. Representante da Lista A denuncia falhas por parte da Mesa da Assembleia Magna.  Por Maria Silvia Lima e Jéssica Soares.

Dia 30 de outubro, Luísa Batista anunciou a sua candidatura à presidência da Mesa da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra (MAM/AAC). Procurando recuperar a força e o caráter democrático das AM de outrora, a candidata apresenta-se vinculada à Lista A, com o mote “Unir, Avançar – Académica de Abril”, aludindo à Revolução dos Cravos de abril de 1974, o principal marco da democracia portuguesa. 

Luísa Batista é licenciada em Línguas Modernas pela Universidade de Coimbra (UC) e está a realizar o Mestrado de Ensino na mesma. Foi na Faculdade de Letras da UC que se deu conta da falha da MAM/AAC na consciencialização dos estudantes. No ponto de vista da candidata, “a Mesa da Assembleia Magna deve-se responsabilizar por chegar aos estudantes, ter uma maior proximidade com os mesmos e explicar-lhes os seus direitos”, o que declara não ter acontecido com ela, tendo sentido a necessidade de se auto-educar no assunto.

A combatividade, a intransigência e a união são os três principais pilares da candidatura, sendo estes fortes componentes na luta e reivindicação dos direitos do corpo estudantil. A mestranda considera importante que os estudantes tenham maior proximidade com a AM e que a concebam como um espaço seguro onde possam falar sobre todos os problemas que enfrentam. Realçando assim como a comunidade académica deve “seguir os valores de abril: princípios de união e democracia”.

Para Luísa Batista, o subfinanciamento do Ensino Superior é um dos problemas que torna a Academia cada vez mais elitista. Questões como a propina e o custo de habitação constituem entraves na vida de um estudante, que acaba por não vivenciar a experiência académica na íntegra “porque há muito em risco, há dinheiro em risco”. A candidata sublinha ainda que “o problema é que a universidade, cada vez mais, deixa de ser para todos, e passa a ser só para alguns”.

Com foco no subfinanciamento, Luísa Batista aponta adversidades como “a degradação das faculdades e a concessão de vários bares”, que afastam a ideia da universidade como “um lugar mais justo, democrático e gratuito para todos”. A preocupação acrescida a nível monetário, faz com que os universitários “tenham de abdicar da sua vida académica e do tempo para crescerem como indivíduos”.

Como maneira de fomentar a proximidade da comunidade académica com os principais órgãos da academia, Luísa Batista preza pelo maior contacto com todos os polos universitários. A relação com os núcleos estudantis é uma das prioridades de sua candidatura: o apoio destes, no que diz respeito a disseminar informação sobre as AM e a Direção-Geral da AAC, fortalece a luta pela união e democracia. Para a candidata é um erro pensar nas assembleias como o “único lugar que dá voz aos estudantes”, esta função é também da responsabilidade dos núcleos de estudantes, “para um contacto mais rápido e adjacente”.

A inclusão de todos os estudantes é uma grande preocupação para Luísa Batista, que pretende alcançar os estudantes dos Polos II e III, que se encontram mais afastados de onde são realizadas as Assembleias Magnas, bem como os estudantes internacionais. Com essa finalidade, a mestranda diz pensar em meios para diminuir essa barreira geográfica – como o uso do autocarro da AAC – e facilitar o contacto e a partilha entre toda a academia, apelando à inclusividade. Assegura que estão “empenhados em querer que todos os estudantes percebam os seus direitos e que lutem por eles, embora possa ser mais difícil, o processo e a luta são os mesmos”.

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