Falta de adesão às assembleias e respetiva ordem de trabalhos entre os assuntos discutidos. Consciencialização dos estudantes para a importância do órgão foi ponto de concordância. Por Liliana Martins
A Sala Nobre E10B do Departamento de Física da Universidade de Coimbra acolheu, no passado dia 9 de novembro, o debate entre as candidatas à presidência da Mesa da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra (MAM/AAC). Sob a moderação dos órgãos de comunicação da Casa, Luísa Batista e Carolina Rama debateram as suas propostas para o futuro do órgão.
Proximidade e consciencialização são prioridades
O encontro teve arranque com intervenção de Luísa Batista. A cabeça de lista da Lista A começou por referir que a sua candidatura se pauta pelo contacto direto com os estudantes, a fim de os reaproximar da Assembleia. Nesse sentido, “união, combatividade e intransigência” são os pilares do projeto, revelou a candidata.
À semelhança da sua opositora, Carolina Rama considera que os estudantes se encontram “afastados” da Magna e que é necessária uma consciencialização para a importância do órgão. Assim, a candidata pela Lista P reforçou as máximas basilares que regem a sua candidatura: aproximação, consciencialização e descentralização.
Falta de adesão às magnas preocupa candidatas
Convidadas a fazer um balanço do anterior mandato e a apontar os aspetos a melhorar, as candidatas concordaram que a reduzida adesão estudantil às Assembleias é preocupante. Luísa Batista acredita ter havido uma desvalorização da AM enquanto órgão democrático da Academia.
“A Mesa da Assembleia Magna não deve ser uma espécie de satélite da Direção Geral”, rematou. No sentido de contrariar a tendência da falta de quórum, a candidata sugeriu a utilização do autocarro da AAC e a criação de formulários para avaliar a disponibilidade dos estudantes.
Na ótica de Carolina Rama, o combate a esta problemática passa pela promoção de assembleias nos Pólos II e III e pela garantia de transporte para que a comunidade possa participar nas discussões. Além disso, a candidata realçou a importância da divulgação das sessões nas redes sociais.
Ordem de trabalhos gera discordância
A colocação do ponto de Outros Assuntos em segundo lugar na ordem de trabalhos das assembleias, implementada no último mandato da MAM/AAC, também foi alvo de discussão. Neste campo, as concorrentes à presidência do órgão apresentaram pontos de vista distintos.
Luísa Batista manifestou que a sua lista se revê na ordem de trabalhos criada. No entanto, criticou a frequência das Assembleias e a sua extensão. “São poucas e muito alongadas e, por vezes, torna-se complicado para os estudantes ficar até ao fim”, explicou.
A representante da Lista P, por outro lado, discordou da organização da ordem de trabalhos vigente e avançou que, em conjunto com a sua equipa, pretende reverter a situação. “Em termos organizacionais. acaba por não ter muita lógica”, concluiu Carolina Rama.
Apelo ao voto
Fazendo alusão aos “valores de abril”, Luísa Batista reforçou que a sua equipa está “focada em consciencializar” os estudantes e em dar resposta aos problemas que a comunidade enfrenta, como a elitização do ensino superior e o seu subfinanciamento. Por sua vez, Carolina Rama voltou a defender a descentralização da AM. A candidata garantiu que a lista que encabeça tem capacidades que “permitirão realizar Magnas com uma organização plausível, capaz de contornar transtornos”.
