Cultura

Terceira noite da FL’23 marcada por estreias e regressos

Daniela Fazendeiro

Bárbara Tinoco e Julinho KSD trazem novos cenários ao palco do Parque da Canção. Público critica preço dos bilhetes e falta de adesão. Por Daniela Fazendeiro

O Grupo de Cordas da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (SF/AAC) inaugurou, às 23h20, o terceiro dia da Festa das Latas 2023 (FL’23). Apesar do público inicial reduzido, o recinto do Parque da Canção preparava-se para acolher mais uma noite repleta de atuações, com os artistas Bárbara Tinoco e Julinho KSD como cabeças de cartaz, e os grupos FAN-Farra Académica de Coimbra e Mondeguinas, além da animação proporcionada por Arthur Queiroz.

Em entrevista ao jornal A CABRA, Bruna Camarinha, estudante do Instituto Politécnico de Coimbra, marcou presença na FL’23 com a ambição de ver Bárbara Tinoco. Embora aponte o ambiente inicial calmo, espera que a artista seja capaz de dar “um concerto fixe, para a malta se divertir”. A crítica à falta de adesão foi reforçada por Matilde Ferreira, estudante da Nova Medical School em Lisboa, Mariana Guiomar, estudante da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (UC) e Laura Rojo, estudante da Faculdade de Letras da UC.

Bárbara Tinoco entrou em palco às 00h35, num momento em que o relvado se enchia de fãs preparados para assistir a sua atuação. A jovem artista presenteou o público com canções do seu reportório pessoal, como “Planeta”, “Gisela”, “Despedida de Solteira”, encerrando com “Chamada não atendida”. Já a performance de Julinho KSD, com os seus ‘hits’ “Sentimento Safari”, “Chakras” e “Stunka”, aumentou ainda mais a energia dos espetadores.

Em conferência de imprensa, Bárbara Tinoco referiu a diferença de ambiente e de público sentida entre a FL’23 e as festas da cidade, que aconteceram em julho. Mencionou também não estar habituada a tocar num horário tão tardio. “Dizem que é das vossas melhores festas, deem-me tudo”, apelou aos estudantes. A artista assume que a essência do seu espetáculo é muito familiar, mas que vai ser “adaptado à linguagem da malta”. Por sua vez, Julinho KSD admite que sentiu uma grande evolução na sua carreira artística desde a sua última aparição nas festas académicas coimbrãs, a Queima das Fitas de 2021, e que se sente em casa neste regresso. Afirma ter projetos futuros planeados, mas que ainda não podem ser revelados.

Laura Rojo critica a falta de diversidade da FL’23, que é trazida pelo Palco RUC na Queima das Fitas, e o aumento do preço dos bilhetes. Condena ainda a má organização das filas, que não é resolvida de ano para ano. As entrevistadas explicam que as festas académicas servem “para criar memórias”, o que faz com que o cartaz fique para segundo plano.

Pelas 3h40 foi a vez da FAN-Farra Académica de Coimbra fazer os estudantes vibrarem com as canções “Lenda Encantanda”, “Mondego” e “Capas Pretas”,  a que já os habituou. A última atuação foi trazida pelas Mondeguinas, que fecharam o palco da terceira noite da FL’23 em cheio. Os emblemáticos temas “Tinta Verde”, “Cantiga Beirã”, “Murmúrio” e o seu hino “Mondeguinas”, ecoaram pelo recinto, que fez perdurar a diversão até de manhã.

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