DG/AAC traz ação humanitária internacional a Coimbra. Iniciativa promove doações de alimentos, artigos de roupa e higiénicos em simulação de loja. Por Sofia Moreira
No Pavilhão da Palmeira da Baixa conimbricense, civis e instituições locais juntaram-se nos dias 21 e 22 de outubro para a 6ª edição da ‘Street Store’, um evento solidário internacional. A ação foi trazida à cidade pelo Pelouro de Intervenção Cívica e Ambiental da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), coordenado por Matilde Azenha, com o objetivo de integrar a academia à comunidade local e “oferecer, da forma mais digna e confortável possível, o usufruto gratuito de bens de primeira necessidade, refeições quentes e outros serviços”, segundo a coordenadora do Pelouro.
O conceito foi introduzido em Portugal em 2014 e, já no ano seguinte, a primeira edição em terras lusitanas foi realizada em simultâneo nas cidades de Lisboa, Porto, Braga e Coimbra. Após breve interrupção em razão da pandemia, a ‘Street Store’ voltou em 2023 para continuar suas atividades de auxílio à população em situação de vulnerabilidade social.
Em entrevista ao Jornal Universitário de Coimbra – A CABRA, Matilde Azenha explicou o diferencial da iniciativa em relação a outros projetos humanitários. Visto que a intenção do projeto era operar como uma loja para dar mais oportunidade de escolha ao público-alvo, cada voluntário ficou responsável por uma tenda e estas funcionaram como estabelecimentos comerciais, entretanto sem o envolvimento de dinheiro.
A coordenadora do Pelouro explicou que toda a oferta foi feita “numa posição de não apenas doar”, mas de naturalidade, pelo que se justifica a simulação de um comércio. Os artigos de roupas, higiénicos e de lazer ficaram expostos e os participantes puderam selecionar aquilo que mais os agradava.
Colaboraram com a iniciativa a União de Freguesias de Coimbra, a Câmara Municipal de Coimbra e outras instituições locais, o que Matilde Azenha revelou ter aproximado a academia dos órgãos municipais. Em relação aos produtos oferecidos para doação, as empresas Colgate-Palmolive, Cooperativa Farmacéutica Plural, Paladin, Hegisantos, a Reckitt e o Grupo Nabeiro providenciaram os bens de higiene e alimentares.
O restaurante “O Mimo”, bem como algumas pastelarias locais, também cooperaram por meio da garantia do serviço de pequeno-almoço, almoço e jantar e da oferta de lanches durante a manhã e tarde. Além destes serviços, os participantes também dispuseram de acesso a roupas e calçados, acessórios de vestuário, livros e mantas. Foram inclusive feitas avaliações médicas cardiovasculares e de infecções sexualmente transmissíveis e disponibilizados kits médicos.
