Responder às necessidades dos estudantes é prioridade. Lista P ambiciona recriar a Final da Taça de 1969. Por Daniela Fazendeiro
Renato Daniel anunciou esta segunda-feira, dia 16, a candidatura à presidência da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC). Sob o mote “Por Ti, Pela Académica”, o projeto da primeira lista apresentada possui cinco pilares, focados na política, no desporto e na cultura. Dar resposta às necessidades dos estudantes do Ensino Superior público português é o enfoque da Lista P. Assim, pretendem fornecer as ferramentas para combater o elevado custo da habitação, tal como da propina, e promover a liberdade cultural e as aptidões desportivas da comunidade académica. Estas ambições têm como intuito “galvanizar todas as qualidades da AAC e voltar a posicioná-la na liderança do movimento associativo nacional”, reitera.
Dentro das zonas de atuação política, visam a discussão de diplomas estruturantes, como o RJIES (Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior), reforçando a posição defendida pela DG/AAC atual, quanto ao aumento da representatividade nos órgãos de governo das universidades. Também têm em vista compreender onde vão ser alocadas as verbas provenientes da nova forma de financiamento do ES. Além disso, tencionam pronunciar-se quanto às Eleições Europeias de 2024, de forma a construírem “políticas inovadoras relativas à posição da Casa sobre e na Europa”, explica Renato Daniel.
Já na vertente desportiva, ambicionam apoiar os atletas que vão embarcar na missão olímpica de Paris 2024, para que “possam sentir que o carinho que os acolhe transcende qualquer distância geográfica”, afirma o candidato. A criação de uma agenda para a igualdade, reformas administrativas e uma rede de embaixadores para o voluntariado junto dos Núcleos de Estudantes são outras propostas destacadas.
“Queremos ser pioneiros nas áreas de intervenção que escolhemos”, assevera Renato Daniel. Apresenta, assim, “a grande bandeira” de todo o projeto. No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974, desejam recriar a Final da Taça de 1969, jogo histórico entre a Académica e o Benfica. Este momento destina-se a criar “um paralelismo”, pois “coisas tão simples como a presença de um chefe de estado foi posta em causa”, clarifica o estudante. Pelo que, a seu ver, “o simbolismo acrescido da presença do Presidente da República é uma representação do progresso democrático de Portugal”.
Renato Daniel afirma que ao longo da campanha eleitoral, a Lista P quer apostar na proximidade e na descentralização. De forma a combater a abstenção observada nas últimas eleições para a presidência da DG/AAC, planeiam mobilizar ao máximo a academia desde a pré-campanha. “Um estudante tem mais vontade de votar a partir do momento em que abre o projeto e se revê nas ideias”, reforça.
Para o proponente, o slogan “Sozinhos, podemos chegar mais rápido; mas juntos, não tenho dúvidas que iremos mais longe”, caracteriza a vontade de querer unir a Casa em torno das bandeiras que a Lista P defende, possibilitando “o avanço da AAC com todos”. Por fim, recorda “só é vencido quem desiste de lutar” de Francisco Salgado Zenha, para mostrar que estão comprometidos com a causa e que não lhes vai faltar “a coragem de pedir a palavra para falar sobre qualquer assunto”.
