Proponente acredita que gestão deve ter “outra postura” para com academia. Lista A critica falta de investimento nas secções da AAC e no ES. Por Guilherme Borges e Marta Tavares
João Maduro anunciou a sua candidatura à presidência da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), na tarde de 30 de outubro. Com a aproximação dos 50 anos da Revolução dos Cravos, a Lista A tem como lema “Unir, Avançar – Académica de Abril”, com o qual o candidato defende que é necessário não só celebrar, mas também honrar o legado do 25 de abril. O principal foco é construir uma AAC, na qual os estudantes se desenvolvam a nível pessoal e académico.
“Às vezes parece que a atual DG/AAC pensa que está a fazer um favor às secções”, assevera João Maduro, mas reforça que o órgão deveria sentir-se “agradecido por ter um património cultural e desportivo único no país”. O candidato considera “inconcebível” a ausência da atual direção na manifestação realizada no passado Dia do Estudante, que reivindicou melhorias no Ensino Superior (ES) português. Critica também a forma como “a cidade enche o peito e diz-se dos universitários” quando, na maioria das vezes, as secções culturais e desportivas da AAC “têm de andar à pancada” por financiamento.
A principal proposta manifestada pelo candidato foi a realização de mais Assembleias Magnas, uma vez que este as considera como “locais onde os estudantes podem discutir mais os seus problemas”. Ao questionar a saída da AAC do Encontro Nacional de Direções Associativas, demonstra interesse em reinserir a academia de Coimbra no evento, de modo a continuar a luta pela abolição da propina, desta vez por todo o país.
Ao se referir à Lista A, João Maduro realça que “isto não é um projeto fechado, nunca foi, nem nunca vai ser”. Assim, o candidato revela o seu desejo pela mudança, ao dar o exemplo da atual situação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC). “Existe um bar com preços acessíveis em risco de ser privatizado”, o que contrasta com a “falta de investimento nas instituições”, explica. Por fim, apela aos estudantes que olhem de forma crítica para estas eleições e que se juntem a um “processo de luta e alternativa”.
