Cultura

Festa das Latas 2023: os pontos bons e maus

Daniel Oliveira

Organização considera que atividades foram positivas, apesar de problemas com sarau e logística no recinto. Menos carrinhos no cortejo levaram a menos lixo produzido. Por Daniel Oliveira

Terminou na manhã desta segunda-feira mais uma Festa das Latas e Imposição de Insígnias, com a Balada da Despedida do 5º Ano Jurídico a tocar às seis horas. Com isto, chegou a altura de fazer um balanço das atividades tradicionais, desportivas e culturais que marcaram a semana que, todos os anos, introduz os caloiros às festas académicas de Coimbra.

Começando com a componente tradicional, o presidente da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), João Caseiro, considerou, em conferência de imprensa, que a serenata monumental “teve muito sucesso”. Quanto ao sarau académico, admitiu que ficaram “pontos a melhorar”. É de notar que, neste evento, As FANS, a Tuna Feminina de Medicina da Universidade de Coimbra, a Estudantina Universitária de Coimbra e a Orxestra Pitagórica não atuaram em protesto contra problemas na organização.

Em relação à cerimónia de Imposição de Insígnias, João Caseiro notou que foi “muito participada”. Quanto ao cortejo, observou que “houve menos ocorrências que o habitual” e que foi “mais limpo”, devido à menor quantidade de carrinhos de compras e, consequentemente, lixo produzido. Isto deveu-se a um apelo para os estudantes não roubarem carrinhos, lançado pela DG/AAC, a Comissão Organizadora da Festa das Latas (COFL), a Câmara Municipal de Coimbra e a Polícia Municipal.

Já no domínio desportivo, o presidente da DG/AAC afirmou que se conseguiu “algo inédito” ao, em conjunto com a AAC/Organismo Autónomo de Futebol, levar ao Estádio Cidade de Coimbra 6788 espectadores contra o SC Covilhã, o recorde da Liga 3. O jogo, que teve entrada gratuita para caloiros e estudantes de capa e batina, realizou-se na última sexta-feira e terminou com a vitória visitante, por 0-2.

Por último, sobre a atividade no recinto, João Caseiro anunciou que “conseguiu-se o melhor registo de que há memória”. Segundo o administrador da casa, Diogo Tomázio, a adesão à Praça da Canção rondou os 15 mil “quase todos os dias”, que era o limite. Além disso, o presidente da DG/AAC destacou a implementação de uma plataforma para pessoas com mobilidade reduzida, que “torna a festa mais inclusiva e faz a diferença na vida de vários colegas”.

Outra das novidades que se verificou no recinto este ano foi a inclusão de associações de estudantes das escolas do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) na tenda. De acordo com João Caseiro, o objetivo foi “abranger a festa a toda a cidade de Coimbra. Na passada sexta-feira, estudantes do IPC declararam ao Jornal A CABRA o seu sentimento de maior inclusão com a iniciativa.

Além dos núcleos de estudantes, marcaram presença no recinto da Festa das Latas 2023 várias secções culturais da AAC. A presidente do SOS Estudante, Rita Neves, considerou positiva a afluência à sua banca, e para isso numerou dois fatores: a melhor localização das secções face à última Queima das Fitas e a melhor comunicação com a organização.

Já o vice-presidente da Secção de Astronomia, Astrofísica e Astronaútica da AAC, Carlos Brito, também destacou a boa afluência. No entanto, achou que a comunicação com a organização “manteve-se a mesma”. Além disso, apontou para o facto de a localização, apesar de melhor, ter dado problemas a algumas secções, nomeadamente o Centro de Informática da AAC. Recorde-se que esta secção encerrou a sua banca no último sábado, devido a problemas com o cheiro e fugas provenientes dos urinóis próximos.

To Top