Secções não saem à rua para dar lugar a visita guiada à AAC. Necessidade de inscrição e sobreposição com horário letivo afastam participantes. Por Alexandra Guimarães
A Feira Cultural programada para a tarde de dia 2 de outubro decorreu, este ano, sob novos moldes. Os estudantes foram convidados a participar em visitas guiadas pelas salas de trabalho das secções culturais da Associação Académica de Coimbra (AAC), mediante inscrição prévia através de um formulário. Embora o planeado fosse acontecerem entre as 14h e as 18h30, com um novo grupo a cada meia hora, a única visita que se realizou foi a das 18h30.
A vogal da política cultural da Direção-Geral da AAC, Mariana Martins, explica que o principal objetivo desta iniciativa era “levar os estudantes, tanto os novos como os que já frequentam a Universidade de Coimbra, ao interior do edifício da AAC”. Desta forma, os alunos poderiam conhecer a localização, a sede, os horários e o funcionamento de cada secção, segundo a dirigente. Com este novo formato, a vogal esperava colmatar “a pouca adesão que, ao longo dos anos, a Feira Cultural tem tido”.
No entanto, Mariana Martins reconhece que “houve menos participantes do que o esperado”. Como motivo, aponta o curto prazo para as inscrições e o reduzido alcance da divulgação. Por outro lado, a estudante realça o facto de ser uma segunda-feira de aulas, o que fez com que o maior número de inscrições se centralizasse nos últimos turnos. “Concentrámos os participantes na visita das 18h30, para ser mais proveitoso”, assegura a responsável pela organização.
A ideia inicial era que o ‘peddy-paper’ realizado na semana de integração passasse por dentro do edifício da AAC, como conta a vogal da política cultural. Para Mariana Martins, esta era “a melhor altura para os estudantes conhecerem a AAC por dentro e por fora”, tendo em conta a elevada adesão à iniciativa. No sentido de dinamizar uma próxima edição da Feira Cultural, a dirigente pondera ainda a solução de procurar um dia ou um horário que não coincida com o período letivo.
Ainda assim, a responsável pelo evento alerta para “uma desinformação geral” relativamente às secções culturais da casa. “Os estudantes não podem interessar-se por algo que não conhecem”, sublinha. Como motivo para isso, coloca a dúvida entre a falta de divulgação e a falta de interesse dos próprios alunos. “Qualquer atividade além do curso enriquece a vida académica e é uma oportunidade para conhecer outras realidades”, aconselha Mariana Martins.
Durante a tarde e a noite do mesmo dia decorre também um convívio organizado pelas secções culturais, nos jardins da AAC. Os lucros desta ação solidária vão reverter para o Fundo Solidário António Luís Gomes.
