Cidade

Coimbra marcha pela Palestina

Raquel Lucas

Iniciativa pretende “sensibilizar população” para conflito vivido na região, afirma organizador. Da baixa até à alta cidadãos apelam à solidariedade pelo povo palestino. Por Raquel Lucas e Eduardo Neves

A tarde do dia 26 de outubro foi marcada por centenas de cidadãos que encheram a Praça 8 de Maio para marcar presença na manifestação “Coimbra pela Palestina e pelo fim do sofrimento dos povos no Médio Oriente”. A iniciativa, que teve início perto das 17h40, foi organizada pelo movimento “Coimbra pela Palestina” e contou com uma marcha em direção às Escadas Monumentais, seguida de uma vigília. 

O protesto arrancou com alguns cânticos como “Palestina vencerá” e “‘Free free Palestine’” ao som de bombos e tambores, seguidos da leitura do manifesto por parte de alguns representantes da organização. “Em nome da solidariedade internacional”, vários membros da Real República Rás-Teparta e uma representante do Conselho Português para a Paz e Cooperação fizeram uso da palavra. Nesse sentido, foram lidos alguns comunicados, entre eles o testemunho de uma rapariga palestina. 

Por Raquel Lucas

Durante as intervenções os protestantes foram interrompidos por um cidadão que gritou palavras a favor de Israel, rapidamente abafado pelas vozes da multidão. Após este momento, por volta das 18h, a enchente começou a movimentar-se para dar início à marcha, fazendo-se ouvir pela Avenida Sá da Bandeira, do início ao fim. Cartazes e faixas de reivindicação, assim como algumas bandeiras e megafones acompanharam o protesto, que fez ecoar frases como “Sionismo é chacina, libertem a Palestina!”, “Oprimido e opressor, não confundas, por favor!” e “Governo, escuta, Palestina é a nossa luta!”.

Por Raquel Lucas

Paulo Nogueira Ramos, membro da manifestação, menciona a importância deste género de iniciativas em prol dos direitos humanos: “estas ações mostram que as pessoas não estão adormecidas e que Coimbra se está a posicionar perante os acontecimentos”. Nesse sentido, o estudante da licenciatura em Engenharia e Ciência de Dados condena os governos que, a seu ver, “apenas cumprem agendas de aliança” e “fecham os olhos ao que está a acontecer com a Palestina”. 

Rodrigo Nogueira, integrante do movimento “Coimbra pela Palestina”, explica o enquadramento do coletivo na solidariedade para com as vítimas da região. O representante urge para o “cessar-fogo imediato” e censura a Organização das Nações Unidas por não agir em conformidade com as próprias declarações. Quanto a perspetivas futuras, assegura uma planificação semanal de mobilização que visa “sensibilizar a população quanto ao conflito”, afirma. 

O relógio batia as 19h quando os protestantes se juntaram para preencher a escadaria do polo I e dar início à vigília. Mais uma vez, houve espaço para a intervenção do público, marcada por palavras de protesto, agradecimento e apoio partilhadas ao microfone. Velas e lanternas ergueram-se num momento de silêncio pelas vítimas do conflito em Gaza, assim como a guerra vivida no Médio Oriente, dando fim à manifestação. 

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