Ensino Superior

AAC encontra-se ‘offline’: seccionistas queixam-se da falta de internet 

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Divisão do valor de novo sistema de internet causa desagrado. Diogo Tomázio recusa-se a comentar acerca do assunto. Por Sofia Moreira e Luísa Rodrigues

As secções da Associação Académica de Coimbra (AAC) têm sido confrontadas com a falta de rede no edifício desde o verão. Fundamental para seu funcionamento, a internet tem imposto dificuldades no trabalho dos seccionistas que, para superá-las, têm sido obrigados a procurar soluções de improviso. O Jornal A CABRA entrou em contacto com o Administrador da Direção-Geral da AAC (DG/AAC), Diogo Tomázio, que se recusou a prestar declarações. Além disso, procurou-se saber qual é a posição dos dirigentes de algumas das secções da AAC acerca do tópico. 

Em declarações à Televisão da Associação Académica de Coimbra (tvAAC), Diogo Tomázio revela que a solução para a resolução do problema passava por um novo sistema de internet no edíficio, com os custos repartidos entre a DG/AAC e as secções beneficiadas. O administrador explica que a fonte das falhas está nas instalações do material de receção da internet da AAC. Acrescenta que até dezembro a questão estaria resolvida. 

O presidente da tvAAC, Diogo Mateus, aponta as adversidades com as quais o seu órgão se tem deparado desde o início do problema, como a impossibilidade de realização das emissões em direto e do noticiário semanal. Em relação à proposta da DG/AAC, o dirigente opõe-se à obrigatoriedade de pagamento por parte das secções, uma vez que pode causar dificuldades financeiras. Adiciona que “a Universidade de Coimbra disponibiliza-se a dar internet gratuita”, portanto não compreende “como a solução encontrada pela DG/AAC é colocar as secções a pagar”. 

Por sua vez, o presidente da Rádio Universidade de Coimbra (RUC), Gonçalo Pina, partilha a visão de Diogo Mateus acerca da relevância da internet para o funcionamento do seu órgão. O dirigente menciona que, há poucos dias, a emissão online “ficou em baixo” e precisaram de “arranjar uma solução de recurso”, que foi adquirir cartões de internet. Reitera que a proposta de Diogo Tomázio pode “abalar as secções mais pequenas”, em razão do financiamento limitado. Conclui ao referir que não houve uma comunicação direta entre a DG/AAC e a RUC no que toca este assunto, de maneira que soube da possível contratação de uma empresa externa através do vídeo publicado pela tvAAC. 

O presidente da mesa do plenário do Centro de Estudos Cinematográficos (CEC), Tiago Santos, também expôs o seu descontentamento com a atual situação da rede. O dirigente alertou para a gravidade do problema porque, caso não tivessem encontrado uma solução temporária, “a secção estaria parada a um mês de um festival internacional de cinema”. No que respeita ao plano da DG/AAC, o seccionista concorda com a possibilidade da contratação de uma empresa externa, porém não é a favor da divisão do valor pelos órgãos da casa. 

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