Cultura

A festa também se faz de cultura

Larissa Britto

Reclamações quanto ao sarau académico abrem FL’23. Bancas de secções culturais regressam a lugar de boa visibilidade. Por Larissa Britto, Alexandra Guimarães e Tiago Paiva

O palco da Festa das Latas 2023 (FL’23) foi inaugurado esta quarta-feira pela Estudantina Feminina de Coimbra (EFC). Às 23h30, o recinto do Parque da Canção já se encontrava com grande afluência, devido aos muitos estudantes que guardavam lugar perto do palco para ver os artistas principais.

A música “Livro de reclamações” da EFC foi uma das primeiras a fazer-se ouvir na FL’23. A tuna feminina dedicou o tema à Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (ACC), no sentido de se queixar acerca do sarau académico. Mantendo o tom reivindicativo, a EFC apresentou “O cantor”, onde incluiu uma crítica implícita à demora na atribuição de bolsas pelos serviços académicos. Sara Silva, caloira que estava pela primeira vez na FL, considerou que o grupo da Secção de Fado da AAC “representou o poder feminino”. 

Fotografias por Alexandra Guimarães

À medida que o recinto enchia, também as secções culturais recebiam mais visitantes, agora com as bancas localizadas mais perto do palco principal, ao contrário do que aconteceu na edição passada da Queima das Fitas. Isabel Avillez, vogal da direção da Secção de Astronomia da AAC, referiu que “o facto de o lugar ter mais visibilidade vai trazer mais estudantes” e valorizou ainda as melhorias quanto ao fornecimento de alimentação às secções culturais.

Após as atuações de Van Zee e de Richie Campbell , o palco regressou ao ritmo tunante. Foi a vez da Phartuna – Tuna de Farmácia de Coimbra animar o público com temas como “Desfolhada” e “Praxis”, esta última dedicada aos caloiros do curso, com direito a repetição acapella. A fechar o primeiro dia de latada, a Quantunna – Tuna Mista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra fez ouvir “Vida de Caloiro” e despediu-se com um FRA.

Fotografias por Tiago Paiva

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