27º Festival Internacional de Magia traz artistas dos quatro cantos do mundo ao palco do Convento São Francisco. Apesar da diminuição do programa, Encontros Mágicos voltam a encher sala. Por Ana Filipa Paz
De 19 a 24 de setembro, as ruas encheram-se de encanto e magia, com atuações de rua realizadas por artistas internacionais convidados a partilhar a sua arte com Coimbra. Em agradecimento à Câmara Municipal de Coimbra, responsável pela organização do evento, Luís de Matos declara: “de terça a domingo, tudo acontece, desde aulas de magia, espetáculos de rua, duas galas”, que se traduzem em quase “uma centena de representações”.
No penúltimo dia, a Gala Internacional de Magia voltou a encher o auditório do Convento São Francisco, com um espetáculo para todas as idades. O evento é produzido pela Luís de Matos Produções, que prolonga a vida da iniciativa de José Carlos Gomes Pita, de nome artístico Ortini, que há 31 anos decidiu dar a conhecer a magia que se fazia no resto do mundo à cidade dos estudantes. “Não estaríamos aqui se Ortini não tivesse tido esta ideia”, ressalva Luís de Matos, em homenagem à família presente na Gala.
Como habitual, o mágico português apresentou o evento e prendou o público com um truque de previsão a meio do espetáculo. Luís de Matos adivinhou o vencedor de um pequeno jogo feito em palco, entre seis pessoas do público, escolhidas aleatoriamente. As cortinas do palco voltaram a abrir-se para receber Artem Shchukin, da Rússia, vencedor da categoria “Manipulação” do Campeonato do Mundo de Magia, “uma das mais difíceis”, segundo o apresentador.


Entre suspiros de espantos, palmas fervorosas e risos de crianças irrequietas, Ramó e Alegria, de Espanha, apresentaram um espetáculo de comédia, em que todas as ilusões aparentam correr mal. O público volta a encantar-se com a memória de Leandro Morgado, mágico português, a subtileza de Gisell, do Peru, e com a magia cómica do mundialmente conhecido Mario Lopez, de Espanha.
O espetáculo termina com o par de mentalistas ‘The Clairvoyants’, da Áustria, que foram recebidos com uma ovação do público. Luís de Matos revela ter ambicionado convidar o grupo durante as últimas quatro edições de Encontros Mágicos, mas sem sucesso. De olhos vendados e de costas para o público, Amélie van Tass advinha os objetos que Thommy Tem vai encontrando nas carteiras dos membros da audiência. A sala vai ficando cada vez mais fascinada e termina em total êxtase, encantada com mais uma sessão de Encontros Mágicos de sucesso.
À medida que abandona o Convento de São Francisco, a plateia comenta o espetáculo em grande euforia e tenta descobrir a técnica por de trás de cada ilusão. Coimbra fica com a ignorância que alimenta sonho e a vontade de voltar no ano seguinte.
