Cultura

Cria’ctividade arranca com décima edição

Cedido por Cria'ctividade

Projeto presenteia Coimbra com cinema, música e ações sociais como alternativa à praxe. Beatriz Guerreiro acredita que, no jantar comunitário, foram servidas “em torno de duzentas pessoas”. Por Tiago Paiva

O grupo informal de estudantes, de gerência e financiamento autónomo, colabora com diferentes associações e Repúblicas de Coimbra, no sentido de criar uma integração alternativa à praxe. A décima edição do Cria’ctividade deu início na passada segunda-feira com o Roteiro Criativo pela cidade, dado por terminado na Rua da Matemática com um jantar comunitário. Entre os dias 11 de setembro e 4 de outubro, a equipa pretende, através de atividades socioculturais, assentar as suas práticas na “pedra basilar da verdadeira união, sem qualquer componente hierárquica”, declara Hugo Gageiro, elemento da organização.

Como o mote “companheirismo, solidariedade e partilha”, o Cria’ctividade, fundado em 2014 pela República dos Kágados, dinamiza várias atividades que possibilitam aos primeiranistas académicos a inserção no movimento estudantil. Convívios, concertos e workshops nas Repúblicas dos Corsários das Ilhas, Prá-Kys-Tão, Baco, Rápo-Táxo e Solar do 44 encontram-se assegurados na programação. Segundo Beatriz Guerreiro, integrante do coletivo, além do jantar comunitário onde foram servidas “em torno de duzentas pessoas”, realizou-se ainda, no dia seguinte, o “Malasangrismo: Convívio e Malabares”. Após a atividade, deu-se a Sessão Semanal de Cinema do Centro de Estudos Cinematográficos da Associação Académica de Coimbra, no Auditório Salgado Zenha.

Encontra-se agendado, para dia 14, no Parque Municipal de Skate, um movimento de hip-hop proporcionado pelo coletivo Roda ao Centro, focado em batalhas de improviso. Hugo Gageiro comunica que, no começo da iniciativa, já tinha existido “contacto com este género artístico, através do grupo As Beiras do Hip-Hop”, porém, Beatriz Guerreira confronta que “não surgia um coletivo de ‘freestyle’ de rua há muito tempo em Coimbra” e, para si, “reflete bastante a natureza do ‘underground’”. Na visão do criador da Roda ao Centro, conhecido no cenário do ‘rap’ por Shark, a semana de integração “enquadra-se muito bem na cultura em que a roda se insere”. Remata que se apresenta “entusiasmado para esta edição”, devido à parceria com o Cria’ctividade.

Entre outras apresentações culturais, momentos de partilha e sensibilização, os colaboradores destacam os Concertos Cria’ctivos no dia 21 que, para Hugo Gageiro, além de ser “dos melhores momentos do cartaz, é um privilégio haver a possibilidade de utilizar um dos maiores palcos naturais de Coimbra, o Jardim da Sereia”. No dia 22, a tarde está reservada para a Feirinha Comunitária, no Jardim Botânico. No dia que se segue, vai decorrer um workshop de escrita na República Marias do Loureiro e um sarau no Largo de São Salvador. Cabe ao Atelier A Fábrica, em conjunto com o Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra, preencher o dia 28.

Em adição, no dia 30, vai-se realizar a Festa Fora do Armário, no Atelier referido, e, no dia 4 de outubro, a “Anti-Latada”, na República Marias do Loureiro. Hugo Gageiro admite que se verifica uma “grande diversidade de alunos no que toca aos seus cursos superiores”. Salvaguarda ainda que “o ano passado se registou um grande número de primeiranistas portugueses” e que, “mesmo bastante elevado, este ano foi um pouco suplantado por colegas de Erasmus”. Beatriz Guerreira conclui que, com o ‘open call’ efetuado para artistas que se apresentaram dispostos a promover o seu trabalho, foi possível “sair da bolha das Repúblicas e expandir mais o mundo do Cria’ctividade”. Completa ao anunciar que “a entrada em todos os eventos é gratuita”.

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