Visitantes chegaram ao golo na sequência de um canto, numa altura em que a Briosa estava por cima. Treinador da equipa da casa admitiu que faltou “clarividência e rapidez a decidir”. Por Daniel Oliveira
Após seis jogos invicta, a Associação Académica de Coimbra / Organismo Autónomo de Futebol (AAC/OAF) sofreu a primeira derrota da época pelas mãos do Caldas SC. A contar para a sexta jornada da Liga 3, o jogo no Estádio Cidade de Coimbra terminou com um golo solitário da equipa visitante, marcado por Luís Marcelino aos 57 minutos. Com isto, a Briosa desceu para o quinto lugar da série B, com nove pontos (os mesmos que o Atlético CP e o Caldas).
O Calhabé foi recebido com sol e algum calor para o início desta partida, às 17 horas, com os primeiros 45 minutos bastante equilibrados de parte a parte. Apesar de a Académica tentar ter maior controlo sobre a bola desde o início, a pressão alta do conjunto adversário causou dificuldades na fase de construção, e as bolas paradas testaram a defesa da equipa da casa.
Também houve espaço para algumas oportunidades de ambos os lados. Destacam-se, para o lado do Caldas, o remate de Luís Marcelino ao minuto 15, que não foi golo graças ao poste, e o remate de Pepo 20 minutos depois, que saiu bastante por cima. Quanto à Briosa, as melhores ocasiões foram protagonizadas por João Silva, que rematou por cima aos minutos 20 e 45, por Lucas Henrique, que também atirou para fora ao minuto 36, e por Juan Perea, cujo cabeceamento saiu pela linha final.
Já a segunda parte começou com menos sol, após ter chovido no final do tempo anterior. A Académica entrou em campo com maior agressividade e caudal ofensivo e à procura do golo desde início. No entanto, esta corrente foi quebrada ao minuto 57, quando, na sequência de um canto, Luís Marcelino cabeceou para o fundo das redes da Briosa. Este revés levou a duas mexidas na equipa da casa ao minuto 61, com as entradas de Toki Hirosawa e João Victor para os lugares de Lucas Henrique e Tiago Veiga.
Desde então, a posse de bola cada vez mais passou para o lado dos “Estudantes”. No entanto, a organização defensiva do conjunto adversário dificultou a chegada ao último terço com perigo, pelo que não houve domínio claro de nenhuma das partes. Assim, foram poucas as oportunidades que se verificaram no segundo tempo, que terminou com sete minutos de compensação e apenas um golo, que garantiu os três pontos à equipa de Caldas da Rainha.
As melhores ocasiões do conjunto de negro surgiram após os momentos de substituição. João Victor, que entrou ao minuto 62 para o lugar de Tiago Veiga, fez um cabeceamento no minuto seguinte, que de certo entraria, não fosse a defesa monumental de Wilson Soares. Também André Salvador protagonizou um dos melhores momentos da segunda parte, com um remate ligeiramente ao lado no minuto 75, instantes após ter entrado no lugar de Juan Perea.
Em conferência de imprensa, o treinador do Caldas SC, José Vala, explicou que a sua estratégia era “anular alguns pontos da Académica”, como, por exemplo, “as subidas do Francisco [Ferreira] pelo corredor direito”. Acrescentou que, apesar de a sua formação ser, por norma, “mais aberta e pressionante no campo inteiro”, a maior posse e controlo do jogo por parte do adversário obrigou a “privilegiar a organização”. José Vala também mencionou que os três pontos foram importantes para transmitir que o Caldas é capaz de estar entre os quatro primeiros.
Já o treinador da AAC/OAF, Tiago Moutinho, admitiu que a sua equipa não conseguiu “criar tantas oportunidades de golo e ter o domínio do jogo”. Por isso, considera que a Académica acabou “por cair naquilo que o Caldas queria, que era um jogo partido”. O técnico explicou que, na segunda parte, a Briosa entrou em campo “mais agressiva e a procurar jogar mais por fora”, mas que sofreu o golo com um jogador fora das quatro linhas, a ser assistido.
Tiago Moutinho acrescentou que, em desvantagem no marcador, tentou “mudar alguma coisa, com a entrada de mais um avançado para ter dois jogadores perto da baliza adversária”, e que se procurou recorrer aos cruzamentos por fora, algo que “sabia com que o Caldas sofria”. Posto isto, reconheceu que faltou “um pouco mais de paciência” e “clarividência e rapidez a decidir na fase de construção”. O treinador da AAC/OAF afirmou também que “há que levantar a cabeça, reconhecer o que se fez de errado e pensar no próximo jogo”.
No próximo domingo, dia 24 de setembro, a Briosa volta a encontrar-se com o Oliveira do Hospital, desta vez a contar para a segunda eliminatória da Taça de Portugal. O jogo vai decorrer no Estádio Cidade de Coimbra, às 17 horas. Quanto à Liga 3, o próximo desafio da Briosa é contra o Pêro Pinheiro, que se encontra no nono lugar da série B. A partida vai ser realizada dia 30 de setembro, no estádio do Sport União Sintrense, às 16 horas.








