Participação estudantil em atividades culturais aumenta 500% nos últimos anos. Maestro convidado improvisa parabéns a músicos. Por Ana Cardoso e Sofia Moreira
Na quarta-feira, dia 27 de setembro, a Orquestra Académica da Universidade de Coimbra (OAUC) subiu ao palco do Teatro Académico de Gil Vicente, às 21h30, para marcar o início do ano letivo com o espetáculo “Contendas e Triunfos – Concerto de Abertura Sinfónica do Ano Letivo 2023/2024”. O repertório da noite teve como temas “a luta e liberdade, a vitória e a derrota”, de acordo com a direção da Tuna Académica da Universidade de Coimbra (TAUC), numa homenagem à história da Roma Antiga.
Os clarinetes abrem o espetáculo. Como explica o maestro André Granjo, as orquestras usualmente comportam três clarinetistas enquanto a OAUC tem capacidade para seis. Além disso, tocam ainda no início para mais pessoas terem a oportunidade de atuar. Segue-se o vice-reitor para a Cultura, Delfim Leão, que dá as boas-vindas à plateia e expressa satisfação pelo aumento da participação universitária no âmbito cultural. De acordo com o dirigente, houve um “crescimento de 30% no ano passado de estudantes envolvidos em atividades culturais” e de 500% nos últimos anos. Delfim Leão sublinha o sucesso da TAUC e termina a agradecer ao público pela presença.
Após a intervenção do vice-reitor, entra a orquestra completa para dar continuação ao espetáculo. Tocam a Elegia à memória de Vianna da Motta, de Joly Braga Santos e depois sobe a palco o maestro convidado Diogo Costa. A OAUC “gosta de convidar maestros jovens” como Diogo Costa, e André Granjo agradece a este último, que, entre outras, dirige regularmente a Orquestra Clássica do Centro”.
O músico, para a surpresa tanto da plateia quanto dos integrantes da orquestra, faz uma intervenção improvisada num dos intervalos. Diogo Costa revela que costumava trabalhar com músicos profissionais ou com estudantes que tencionavam seguir carreira na música. E, por isso, foi surpreendido ao ver o aumento da qualidade ao longo dos últimos dias. Reconhece o comprometimento que exige “chegar a casa ao fim do dia e pegar no instrumento” para praticar. “Parabéns por isso”, celebra.
Após o fim da atuação liderada por Diogo Costa, a orquestra interpreta o último andamento da Sinfonia No. 2 de Jean Sibelius, conhecida como “Sinfonia da Independéncia”. O público aplaude de pé e para último fica a “Dança dos rapazes e das raparigas que enchem o largo”, de Joly Braga Santos. O espetáculo termina com um agradecimento do maestro André Granjo à reitoria e um convite dirigido ao público para que marque presença em eventos culturais dos Organismos Autónomos e Secções Culturais.
