Ensino Superior

AAC organiza acampamento em protesto às condições de alojamento estudantil

Luísa Rodrigues

Estudantes apontam problemas como preços altos e falta de oferta pública. Presidente da DG/AAC considera habitação “um dos maiores entraves à frequência do ensino superior”. Por Luísa Rodrigues

A Associação Académica de Coimbra (AAC) promoveu, no dia 25 de setembro, com início às 20 horas, a iniciativa “Acampamento pela Habitação”. Este movimento levou dezenas de pessoas a acamparem em frente à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) e teve como intenção protestar contra a situação habitacional. Os manifestantes ecoaram cantos como: “É preciso investir, queremos camas para dormir”; “Governo escuta, os estudantes estão em luta”; “Para a guerra vão milhões, para o ensino vão tostões”.

O presidente da Direção-Geral da AAC (DG/AAC), João Caseiro, salienta que “um dos maiores entraves à frequência do ensino superior é a habitação”. Assim, o dirigente refere que os principais objetivos com esta mobilização foram “reivindicar melhores condições de alojamento estudantil” e o “aumento da oferta pública de residências”. Para o estudante existe um “favorecimento constante dos senhorios e do mercado de arrendamento privado”. Por isso, sublinha que é “praticamente impossível encontrar uma casa abaixo dos 250 euros sem despesas”.

João Caseiro aponta que esta ação é “direcionada ao governo”. Segundo o presidente, a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior está “desligada da realidade da comunidade estudantil”.

Em entrevista ao Jornal A CABRA, diversos manifestantes concordaram que se vive um problema habitacional na cidade de Coimbra. Laura Marques, estudante da FLUC, afirma que “o ensino superior está cada vez mais distante para muitos jovens” devido aos preços altos e à falta de alojamentos públicos. Também João Maduro, aluno da Faculdade de Direito da UC, realça que existe uma “redução do número de quartos disponíveis”. Miguel Ramiro, caloiro da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, acredita que a realização desta mobilização é importante para fazer “pressão” sobre o governo.

Rafael Matos, responsável pela Ação Social da AAC, ressalta que esta iniciativa foi discutida no Fórum Internúcleos e foi a partir daí que a ideia avançou. De acordo com o estudante, foi realizada nesta altura devido à dificuldade dos novos estudantes da UC arranjarem alojamento.

To Top