Representação da AAC e do reportório musical da SF/AAC entre principais objetivos ao participar no programa. Integrar segunda edição faz parte dos planos futuros da Secção. Por Raquel Lucas
Após passarem com sucesso nas eliminatórias de março e abril, a Estudantina Universitária de Coimbra e o Grupo de Fado d’Anto, grupos da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (SF/AAC), levaram a Canção de Coimbra e a tradição académica à final do programa Estrelas ao Sábado, da RTP 1. O evento ocorreu no passado sábado, dia 5 de agosto, e culminou com o segundo e o quarto lugar para os respetivos grupos, num concurso que levou à televisão nacional cerca de cem grupos musicais portugueses.
De acordo com o presidente da SF/AAC, Diogo Ferreira, a participação da SF/AAC no concurso teve um desfecho “extremamente positivo”, a contar com a elevada adesão de apoiantes da casa e apesar de algumas adversidades na viagem para a final, que nunca desmotivaram os academistas. O estudante refere que “representar uma instituição que possui como principal objetivo a manutenção e a revitalização da música tradicional de Coimbra é um enorme orgulho”.
Apesar de não terem levado o troféu para casa, Diogo Ferreira mostra-se satisfeito com o desempenho dos grupos no programa: “a maior vitória foi poder levar o nome da Académica além-fronteiras”, além de “dar a conhecer a versatilidade da cultura da SF/AAC”. Pedro Sendim, membro do Grupo de Fado d’Anto, partilha da mesma visão, pelo que representar Coimbra e a AAC foi o seu maior foco ao participar no Estrelas ao Sábado.
Através do programa, o pretendido foi ainda “fazer chegar a música tradicional de Coimbra a novos públicos”, pois “as pessoas da cidade conhecem e ouvem”, mas, de fora, existe “quem gostaria de ouvir e não tem a mesma facilidade”, explica Pedro Andrade, membro da Estudantina Universitária de Coimbra. De acordo com o estudante, a representação do reportório do grupo académico e da diversidade musical da SF/AAC são pontos essenciais no dia a dia desta secção que, a seu ver, trabalha por preservá-los e divulgá-los nas mais variadas vertentes.
“Sinto sorte e prazer em poder participar neste tipo de projetos com um grupo como a Estudantina, do qual tanto gosto”: expressa Pedro Andrade. Ao ser questionado quanto aos planos futuros do grupo académico, o estudante revela que, após dez anos sem lançar um álbum físico, a Estudantina Universitária de Coimbra planeia o lançamento de um novo disco. Este “vai contar com temas mais eruditos, sem abandonar as músicas mais populares e as suas origens, sempre com o selo de qualidade que a Estudantina costuma imprimir”, conta.
De acordo com o presidente da SF/AAC, este é um dos vários projetos a desenvolver pelo órgão que, neste momento, descreve como “muito ambicioso”. A criação de uma biblioteca digital do fado de Coimbra, com o apoio da UC, assim como a participação na segunda edição do Estrelas ao Sábado são possíveis planos na agenda da Secção de Fado. Através deste tipo de iniciativas, o presidente mantém em vista a possibilidade de “trazer mais associados e de não deixar morrer os grupos académicos” que integram a SF/AAC. A seu ver, esta ação permite que se perpetuem os múltiplos esforços e projetos desenvolvidos pelo órgão ao longo dos últimos 43 anos. Por esse motivo, declara que é com esta “visão de crescimento, tanto a nível de membros, como a nível de estatuto, que a Secção de Fado se preza e se quer manter”.
