Cultura

Associações de Coimbra preparam os 50 anos do 25 de abril

Daniel Oliveira

Celebrações começam em outubro e terminam em junho de 2024. Organização pretende realizar teatros, concertos e exposições. Por Daniel Oliveira

Uma comissão executiva composta por 14 associações de Coimbra deu os primeiros passos para realizar as comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974. Em conferência de imprensa, realizada esta quinta-feira na sede do Ateneu de Coimbra, quatro representantes do grupo definiram como principais objetivos chegar às cem entidades participantes e envolver todas as freguesias do concelho.

Alfredo Campos, membro da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) / Núcleo de Coimbra, revelou que as celebrações vão começar em outubro deste ano e vão durar dez meses, divididas em três fases. A primeira vai decorrer de outubro a dezembro, a segunda de janeiro a março e a última de abril a junho.

O objetivo da divisão dos eventos em três trimestres é permitir às organizações que se juntarem terem mais tempo de apresentarem iniciativas, explica Alfredo Campos. Além disso, mencionou que o facto de as atividades serem realizadas com poucos recursos, de modo a torná-las acessíveis à população, “torna muito moroso algum trabalho de organização e planeamento”.

Segundo o membro da URAP, há dois programas para as comemorações: um principal e um paralelo. O principal vai ser definido e partilhado com maior antecedência, enquanto o paralelo vai ser “composto por atividades que surgirem, com menos planificação e que vão ser divulgadas por meios mais diretos”, desenvolveu.

A comissão executiva já pensou em diversas atividades, como teatros, concertos, exposições, entre outras. O grupo também pretende realizar atividades em várias escolas de Coimbra. No entanto, Alfredo Campos ressalvou que “ainda há muitas pontas soltas”, pelo que os pormenores destes eventos não são conhecidos.

“As comemorações populares do 25 de abril em Coimbra são preparadas por dezenas de organizações da cidade há uma década”, referiu João Pinto Ângelo, membro da direção do Ateneu. Acrescentou que é importante manter estes eventos, porque “há muita gente que quer acabar com isto”, e que os 50 anos da Revolução dos Cravos vão ter uma importância “especial”.

Nas últimas celebrações, estiveram envolvidas mais de 70 organizações, o que, na opinião de João Pinto Ângelo, mostra que “os valores conquistados em 1974, de saúde, habitação, paz e educação foram muito presentes na altura e continuam a ser na nossa vida e nas nossas mentes”.

Quanto aos eventos deste ano, já são 33 as associações participantes, confirmaram os representantes da comissão executiva. Ainda esperam a adesão de coletividades, grupos filarmónicos, ranchos folclóricos, associações culturais e desportivas e das juntas de freguesia.

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