Cultura

Queima, “viverás eternamente comigo”

Gustavo Eler

Atuações de T-Rex e Bispo unem recinto do festival numa única voz. Segundo o último, durante o seu concerto, sentiu-se o “verdadeiro calor da QF de Coimbra”. Por Tiago Paiva

O palco principal da Queima das Fitas (QF) de Coimbra, no dia 21 de maio, introduziu a noite académica com a atuação do ‘rapper’ Bispo e, em seguida, com Tóy Tóy T-Rex. Pela 0h15, o primeiro artista abriu o concerto de forma energética e interativa com o público, com um ‘medley’ e com um dos seus maiores sucessos: “Aviola II”. Em conferência de imprensa pós-concerto, admite que se encontra “muito realizado” e “contente por este dia do festival estar como está”, relativo ao alinhamento do cartaz.

Ricardo Duarte, de 18 anos, estuda Engenharia Informática no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra apresentou-se “muito entusiasmado”, visto que “acompanha há bastante tempo” o trabalho dos ‘rappers’. Mesmo que nunca tenha ido a nenhuma QF, verifica um “ambiente incrível” no recinto. Já Espedito Arelhano, de 29 anos, ex-estudante de Enfermagem, aponta que “esta edição está muito diversificada” e, mesmo que não seja o seu estilo, hoje veio “pelo rap, pelo palco principal” e pelos “últimos projetos dos artistas”.

Bispo já atuou no palco principal da QF, porém, partilhou a sua experiência com os artistas de hip-hop Sam The Kid e Mundo Segundo. Hoje, o artista estreou-se a solo no festival, e ressalta que “pisar o palco principal sete anos depois é muito gratificante”. Confessou também que, antes de entrar em cena, pensou que “fosse muito cedo para entrar”. No entanto, acrescenta que essa sensação lhe “saiu logo da cabeça” ao experienciar o “verdadeiro calor da QF de Coimbra”.  Declara também que, além de não ver barreiras na música, “é ela que nos une a todos”.

Pelas 1h50, T-Rex veio para provar que “é possível” sonhar e ir atrás das suas ambições. Foi com duas músicas do seu mais recente álbum Cor d’água que iniciou a sua atuação. Com ‘Não é possível’ e ‘Memória’, o artista foi recebido com um grande fascínio e exaltação do público. Outras obras de grande êxito do artista como ‘Assim’ e ‘Tinoni’ tiveram lugar na QF. Para Bispo, Tóy-Tóy passa por um período “muito bom na sua carreira”, ainda para mais com o seu último álbum “muito forte”.

Quanto ao concerto do mesmo, David Pereira, de 20 anos, estudante de Jornalismo e Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), ficou “um pouco desapontado”. Esta opinião prende-se apenas ao facto de ter cantado “muitas músicas do seu último projeto”. Em concordância, Pedro Estarreja, de 19 anos, do curso de Geografia da FLUC, acrescentou que “os que o seguem há mais anos gostariam de ouvir sons mais antigos”. No entanto, admitem que “T-Rex traz sempre uma ‘vibe’ muito bacana e nunca desaponta”. Pedro Estarreja remata ao mencionar que “a verdadeira Queima é em Coimbra, o resto são fitas”.

Fotografias por Lucília Anjos, Gabriela Moore e Tiago Paiva

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