Orxestra Pitagórica diz ter vindo à Queima para “ver se alguém merecia ser demitido”. Desconcertuna foca atuação nos cartolados. Por Simão Moura
No dia 25 de maio, Ivete Sangalo estreou o palco principal do Parque da Canção na sétima noite da Queima das Fitas de 2023 (QF’23). Tal como o público, a cantora não escondeu o seu entusiasmo e exclamou que, nessa noite, era “uma das fitas”. À artista brasileira seguiram-se a Orxestra Pitagórica e a Desconcertuna.
A vinda da artista a Coimbra na semana dos estudantes, recebida com entusiasmo pela comunidade académica quando foi divulgada, não desiludiu os presentes. Helena Schlindwein, que frequenta o primeiro ano da Licenciatura em Jornalismo, comentou que foi “o melhor ‘show’” da sua vida e que se divertiu muito. Já Lívia Stenico, estudante do primeiro ano do Mestrado em Química Medicinal, descreve como sempre quis ver Ivete Sangalo a atuar ao vivo, e que teve por fim a sua oportunidade este ano.
Margarida Leite, do segundo ano da Licenciatura em História, explica como ver a atuação ao vivo, com uma atmosfera distinta, é “muito melhor”, e elogia as escolhas para o cartaz, tanto do dia como de toda a semana. Por outro lado, Peixinho (nome fictício) tem uma opinião negativa do cartaz da QF’23, apesar de ter gostado da atuação da artista brasileira.




A música brasileira acabou por dar lugar às melodias da Orxestra Pitagórica. Já perto das duas horas da manhã, os “pitagóricos” subiram ao palco com a música “Demissão”. Em conferência de imprensa, os membros do grupo declararam ter vindo à Queima “para ver se alguém merecia ser demitido”, e questionar se os ministros e a Academia “estão todos a funcionar”.
Quanto à sua escolha de apresentar uma foto de Daniel Azenha, antigo presidente da Direção-Geral da AAC, no início da sua atuação, os pitagóricos aludem à necessidade de, a seu ver, relembrar o “Presidente da República” por “tudo o que fez de bom, e principalmente de mau”. Em retrospetiva, os membros do grupo académico dizem que tanto o seu Conselho de Ministros como o seu Governo são “super estáveis”, e que “tudo funciona que é uma maravilha”. No que diz respeito à Academia, a Orxestra Pitagórica admite melhorias no campo da alimentação, apesar dos “azares com umas cantinas”.
Pelas três e meia da manhã, a Desconcertuna focou a sua atuação nos cartolados ao cantar, por exemplo, uma versão da música popular “Amansa Corno”, alterada para homenagear estes estudantes. O grupo académico despediu-se às 4h30 com um “FRA” e, assim, acabou mais uma noite no palco principal da queima.
A próxima noite da QF’23 vai começar com a atuação de Mizzy Miles no palco principal. Seguem-se Kevinho, as Fans e o Grupo de Fados e Guitarradas da SF/AAC.
