Cultura

FESTUNA canta serenata ao Sereia

Sofia Moreira

Fados e guitarradas encantaram primeira noite do FESTUNA. MAIO, grupo de fado convidado, apresenta pela primeira vez original “Canção de um Tempo”. Por Sofia Moreira e Ana Filipa Paz

Debaixo do céu estrelado do Jardim da Sereia, decorreu, durante os dias 5 e 6 de maio, a XXXI edição do Festival Internacional das Tunas de Coimbra (FESTUNA). Tunas de Braga a Lisboa apresentam-se para a cidade dos estudantes, “numa busca pelo retorno às origens”, comenta Pedro Andrade, coordenador geral do evento. A tuna anfitriã, a Estudantina Universitária de Coimbra (EUC), responsável pela organização do evento, também marcou presença, como não poderia deixar de ser.

O primeiro dia iniciou com uma noite de serenatas, que se fez ouvir pela praça toda. O primeiro grupo a subir a palco veio da “cidade invicta”, a Tuna Académica do Instituto Superior de Engenharia do Porto, com os temas “Serenata ao Luar” e “Me estoy enamorando”. Dedicada às donzelas, a serenata trouxe a palco membros do público, convidadas a dançar com os músicos, de capa aos ombros e rosas na mão.

De seguida, direta da capital, a Tuna Académica de Lisboa intercalou a declamação com a música, num momento poético envolvido na mística do jardim. “Sol de Inverno”, de Simone de Oliveira, foi um dos temas trazidos ao palco do FESTUNA. Saltando fronteiras, a Tuna Universitária de Salamanca foi a próxima a apresentar-se, grupo que tem tido uma presença assídua nos festivais de Coimbra. Ao ritmo da pandeireta, com a capa coberta de emblemas a acompanhar o esvoaçar da bandeira, os espanhóis cantaram o tema “Estrella de la Noche”.

No público, Catarina Salgueiro e Raquel Susano, membros da Tuna Feminina de Medicina da Universidade de Coimbra, estavam recetivas em relação ao facto de o festival ser ao ar livre, “achava que ia condicionar a acústica”. No entanto, o primeiro dia surpreendeu-as: “a produção está incrível e o som espetacular, parece mesmo uma serenata”.

Depois do intervalo, MAIO – Grupo de Fado, composto por alguns membros da EUC, interpretaram temas céleres da Canção de Coimbra, assim como originais. Pedro Sendim, “emprestado da Estudantina”, cantou “Fado da ansiedade”, de Francisco Menano. A guitarrada “Variações em mi menor”, de Anselmo Batista, ecoou pelo recinto, interpretada pelo próprio, acompanhado por Francisco Zagalo, na guitarra, e Luís Carvalho, na viola. A primeira noite do FESTUNA foi presenteada com a estreia do original “Canção de um Tempo”, apresentada pela primeira vez, na voz de Francisco Cidade.

A última tuna a concurso a subir a palco foi a AZEITUNA – Tuna de Ciências da Universidade do Minho, que fez uma interpretação das canções conhecidas do público português: “Tudo o que eu te dou”, de Pedro Abrunhosa, e “Dá-me lume”, de Jorge Palma. A noite terminou com a atuação da EUC, que apresentou duas serenatas emblemáticas do seu reportório: “Maria” e “Balada de Maio”.

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