Ensino Superior

Dia da Europa é assinalado com foco na Guerra na Ucrânia

Luís Gonçalves

Presidente da FNEE considera “importante relembrar importância de Portugal estar na União Europeia”. Incentivar jovens para temática da Europa é objetivo da FNEE. Por Luís Gonçalves

Esta terça-feira, dia 9 de maio, assinala-se o Dia da Europa. Como explicado pelo presidente da Federação Nacional de Estudos Europeus (FNEE), Luís Marques, esta comemoração realiza-se devido à Declaração de Schumann, assinada em 1950, neste mesmo dia. Para o dirigente, a celebração da Europa deve ser diária, “assim como se comemora a liberdade todos os dias”. Este dia é “fundamental para relembrar a importância de Portugal estar na União Europeia (UE)”, acrescenta.

Na atualidade, quando se fala de Europa, uma das temáticas que vem ao de cima é a Guerra na Ucrânia. Apesar da Ucrânia não fazer parte da UE, o presidente da FNEE considera que, “no último ano, aproximou-se muito do projeto europeu e tornou-se uma espécie de guardiã dos valores da liberdade e das lutas contra as opressões”.

Em relação às sanções aplicadas à Rússia, Luís Marques revela que “até podem ter efeitos, mas a Rússia, ao procurar outros mercados, como aconteceu com o petróleo, consegue fugir e contornar as sanções”. Para o presidente, as sanções apresentam outra problemática, pois se a China invadir Taiwan, Luís Marques acredita que “o mundo não vai ter coragem para aplicar as mesmas sanções à China”. Complementa ao aferir que “as sanções são importantes, porque é o mundo a sancionar aquela ação, mas não tem grandes efeitos”.

Segundo o presidente, a FNEE “promove a discussão sobre a Europa e sobre a UE de uma forma aberta e transparente”. Luís Marques considera que o órgão tem feito um bom trabalho “na organização de eventos e na desmitificação da ideia da Europa estar distante”. O antigo estudante de Estudos Europeus dá o exemplo do último fim-de-semana, onde várias organizações juvenis, núcleos de estudantes e associações nacionais se reuniram “de forma a elaborar um plano de ação para preparar as próximas eleições europeias”.

Luís Marques explica que “as últimas eleições, em 2019, tiveram 68 por cento de abstenção”, e que, por isso, “é necessário incentivar à votação no próximo ano”. Para tal, o presidente acha importante ações de sensibilização no ensino básico, de forma a esta geração “crescer a falar da UE, para depois criar consciência política e cívica”.

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