Cultura

Antigos Estudantes voltam à sua alegre casinha com Xutos & Pontapés

Marijú Tavares

Presidente da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra refere que dia mostra que “ligação intergeracional não foi esquecida pelos atuais estudantes”. Fã dos Xutos e Pontapés juntou-se à banda para tocar guitarra. Por Luís Gonçalves e Marijú Tavares

No dia extra da Queima das Fitas 2023 (QF’23), 27 de maio, celebrou-se o Dia do Antigo Estudante, na Praça da Canção. O coordenador-geral da Comissão Organizadora da QF ́23 (COQF), Carlos Missel, declarou que este dia se deve aos antigos estudantes serem “também parte integrante da universidade e importantes para a festa”.

As atividades tiveram início pela manhã, com visitas aos museus da Universidade de Coimbra (UC). Na parte da tarde, organizou-se um convívio com leitão e espumante por parte da Secção de Gastronomia da Associação Académica de Coimbra (SG/AAC), assim como a transmissão do jogo Benfica-Santa Clara pelas 18 horas, no local onde esteve o palco secundário da QF’23. De seguida, atuou o Grupo de Fados e Guitarradas da Secção de Fado da AAC, onde os antigos membros brindaram o público com alguns temas, como, por exemplo, “Coimbra Menina e Moça”. As atuações no palco secundário terminaram com a apresentação do Coro dos Antigos Orfeonistas da UC.

O presidente da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra (AAEC), Jorge Castilho, tem 73 anos e é formado em Direito na UC. Afirma que esta iniciativa tem uma “importância significativa”, uma vez que “mostra que a ligação intergeracional não é esquecida pelos atuais estudantes”. O representante acrescentou ainda que espera que nos próximos anos esta atividade se repita e seja divulgada “com maior antecedência”, pois foi organizada “em cima da hora e não foi possível fazer a divulgação entre os antigos estudantes”.

Este dia foi bem recebido pelos antigos estudantes de Coimbra, contudo, houve também reclamações. Célia Pedro, formada em Filosofia e em Jornalismo, apresentou reclamações à organização e à demora da abertura das portas, mas reconheceu a importância de “não se quebrar a ligação dos antigos estudantes à universidade e à cidade”. Vanda Pacheco estudou Sociologia na UC e apontou um aspeto a melhorar na organização e, em particular, no que toca ao lanche: “faltou esclarecer o programa mais cedo”.

Às 22h30, entraram, já no palco principal, os “Deixem o Pimba em Paz”, compostos por Bruno Nogueira e Manuela Azevedo. Estes trouxeram versões de músicas conhecidas no panorama nacional popular com um ‘twist’, ao passar por artistas desde Mónica Sintra a Marco Paulo. Para encerrar o palco principal, atuaram os Xutos & Pontapés, à meia-noite, que animaram o público com clássicos como “Chuva Dissolvente”, momento em que foi chamada ao palco uma fã.

Íris Guilherme tem 20 anos e é estudante de Engenharia Física na Faculdade de Ciências e Tecnologias da UC. A estudante, que subiu ao palco para uma performance de guitarra, declarou, em êxtase, que já tocou em palcos, mas que “na Queima é completamente diferente”.  Finda a atuação, Cristela Francisco, de 50 anos, ex-estudante da Faculdade de Direito da UC, afirmou ter gostado muito do concerto dos Deixem o Pimba em Paz, apesar de não haver “muito público”. Acrescentou que a os Xutos & Pontapés “não estiveram no seu melhor”. 

Ainda durante o concerto dos Xutos & Pontapés, a festa começou na tenda. Através de um ‘flashback’ dos 80 e 90, previsto para a uma da manhã, e o projeto “Oops we did it again” com referências dos anos 2000, às três da manhã, termina em definitivo a QF’23.

To Top