Cidade

50 capas de Expresso, 50 anos de História

Por Mariana Neves

Expresso celebra 50 anos com duas exposições na cidade. Exibição na Praça da República é “um resumo de Portugal, da Europa e do mundo”, refere presidente da CMC. Por Mariana Neves

Para assinalar os 50 anos do jornal Expresso, Coimbra recebe, a partir de hoje, uma exposição na Praça da Républica, que revisita 50 capas emblemáticas do jornal desde a sua fundação, em 1973, até ao ano de 2022. A exibição foi inaugurada pelas 12 horas, pelo presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva. Algumas das capas que marcaram a história do país estão expostas em ‘mupis’, que vão estar em exibição ao longo dos próximos 15 dias.

José Manuel Silva deu início à inauguração da exposição e comentou as 50 capas do jornal Expresso espalhadas ao redor da praça. O autarca salienta o facto de o jornal ter começado antes do 25 de abril e de ter “uma linha muito crítica” em relação à ditadura. Além disso, o presidente da CMC refere ter “uma ligação emocional e afetiva ao jornal” e ainda se lembra do seu irmão mais velho comprar o primeiro número do Expresso.

José Manuel Silva refere que estes 50 títulos são “um resumo de Portugal, da Europa e do mundo nos últimos 50 anos”. Entre as várias capas, o autarca, destaca a do ano de 2022, intitulada “Guerra na Europa”. O presidente da CMC acredita que as pessoas são afetadas pelos títulos mais recentes e, neste momento, a guerra na Ucrânia é o tema “mais importante e impactante para todos”.

A apresentação seguiu até à baixa, onde foi também inaugurado um banco que o jornal ofereceu à cidade de Coimbra. Esta peça de madeira foi desenhada pela ANTARTE, empresa de mobiliário, e contém também algumas capas marcantes do jornal. José Manuel Silva elogiou a peça de arte urbana, que considera “ficar muito bem na Rua Ferreira Borges”.

No âmbito destas comemorações, a Biblioteca Municipal de Coimbra recebe ainda a exposição “50 Notícias… Coimbra no EXPRESSO do Século XXI”, onde vão estar em exibição 50 notícias sobre a cidade ao longo dos últimos 23 anos. A exposição vai estar patente até dia 30 de junho e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10 horas às 19h30, e aos sábados, das 11 horas às 13 horas e das 14 horas às 19 horas.

Alguns destaques de 1973 a 2022

A exposição inicia com uma capa referente ao ano de fundação do jornal, 1973, onde se pode ler “63% dos portugueses nunca votaram”. No ano seguinte, o tema do 25 de Abril está em destaque. Seis anos depois, em 1980, o tema central é a morte de Francisco Sá Carneiro e Amaro da Costa.

De 1985 para 1986, as páginas a preto e branco dão lugar à cor, onde estão registadas as sondagens e entrevistas aos candidatos à presidência da República, Mário Soares, Diogo Freitas de Amaral, Francisco Salgado Zenha e Maria de Lourdes Pintasilgo. 

No ano de 1990, as férias de Cavaco Silva, à data primeiro-ministro, estão em destaque com uma foto do Ex-Presidente da República a subir a um coqueiro. Já no século XXI, em 2001, o 11 de setembro é manchete. No ano seguinte, 2002, “Pesadelo na Casa Pia” faz a capa do jornal.

Em 2004 a capa tem como título “Santana substitui Durão na chefia do governo e do PSD” e o, no ano de 2008, a crise económica é o tema principal. Em 2010, as palavras de Passos Coelho marcam o jornal, que diz “estar pronto para governar com o FMI”.

O resgate do BES (Banco Espírito Santo) assume primazia no ano de 2014 e os incêndios em Pedrogão Grande em 2017. Saltando até 2020, a pandemia é o centro das atenções, com o título “Graça Freitas admite 1 milhão de infetados em Portugal”. No ano seguinte, o plano de vacinação contra a COVID-19 é destaque. A exposição termina em 2022 com a guerra na Ucrânia.  

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