Cidade

1 de maio soa na baixa de Coimbra

Marijú Tavares

Dia Internacional dos Trabalhadores é comemorado com manifestação na Praça 8 de Maio. Mário Nogueira declara que ainda existem motivos para que 1º de maio seja “um dia de luta e de reivindicações”. Por Marijú Tavares

No dia em que se celebra os 137 anos do Dia Internacional do Trabalhador realizou-se, na Praça 8 de Maio, uma manifestação contra o aumento de custo de vida e pelo aumento salarial. Esta mobilização contou com a presença de centenas de pessoas, que se reuniram pelas 15 horas na Praça da República, organizadas em instituições sindicais.

As palavras de ordem “mais salário, melhores pensões“ e “o custo de vida aumenta, o povo não aguenta” foram as mais ouvidas nesta mobilização. Célio Correia é um dos organizadores e responsáveis pelo percurso da manifestação, como membro da União dos Sindicatos de Coimbra. O também associado ao Sindicato dos Ferroviários declarou que este é “um dia de festa, mas também de luta”, uma vez que “neste momento os salários não acompanham o custo de vida”.

Também presente na manifestação, Paula Sérgio, pertencente ao Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (STAD), afirmou estar presente pela segunda vez nestas comemorações para “reivindicar melhores salários”, já que “recebe o salário mínimo há 30 anos”. Rui Silva, serralheiro na empresa ERSUC – Resíduos Sólidos Do Centro, S.A, participa pela primeira vez de uma manifestação no 1º de Maio, após a greve do dia 23 de abril à porta das instalações da sua empresa e considera que “há uma união muito forte por parte dos sindicatos”.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira, também membro da comissão executiva da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), declarou que com a “inflação nestes dois anos” e com a “falta de atualização de salários nos últimos dez a 12 anos”, as carreiras e profissões têm entrado em desvalorização. Deste modo, o secretário-geral do FENPROF afirmou que continua a haver motivos para que o “1º de maio seja um dia de luta de reivindicação” e para a sua contestação por parte de “quem trabalha, dos jovens e reformados para a defesa dos seus direitos”.

Ainda para o mês de maio estão previstas manifestações para o dia 20, em frente ao Centro de Saúde Fernão Magalhães em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), assim como outras greves que atravessam o país. Mário Nogueira declarou ainda que “luta não falta, lutadores também não” e que “foi um ótimo 1º de maio em Coimbra”.

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