Na segunda noite, “a mulher tocou e cantou a canção que sempre lhe foi cantada, para a cidade que sempre a cantou”. Espetáculo contou com atuação de grupo surpresa surgido no seio d’As FANS. Por Ana Cardoso
O palco do LIT recebeu dia 15, às 21 horas, a segunda noite do Tunalidades, o festival d’As FANS – Tuna Feminina da Universidade de Coimbra (UC), que já não se realizava desde 2019. A concurso estiveram a Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico (TFIST), a Tuna Feminina de Engenharia da Universidade do Porto (TUNAFE), as Mondeguinas – Tuna Feminina da UC, Tuna Académica da Universidade de Évora (TAFUÉ). Extra concurso, na noite de festival, atuaram a Estudantina Universitária de Coimbra e um grupo de fado surgido no seio d’As FANS.
O Fado de Coimbra foi o tema desta XV edição do festival, “a mulher tocou e cantou a canção que sempre lhe foi cantada, para a cidade que sempre a cantou”, como expressado pelas apresentadoras. Todas as tunas a concurso foram desafiadas a adaptar fados para apresentar nesta noite. Dar visibilidade à voz feminina no Fado de Coimbra foi um dos principais objetivos d’As FANS. O espetáculo foi iniciado por um grupo de fado que se manteve surpresa até momentos antes dos primeiros acordes, e é constituído por membros (atuais e antigos) do grupo anfitrião.
Seguiram-se as Mondeguinas, tuna que se “empenhou em dar voz a um projeto que marcasse a presença feminina na academia coimbrã”, como foi introduzida. Entre as várias músicas que interpretaram, o fado que escolheram adaptar foi “Romagem à Lapa”, de Luiz Goes. De Évora chega um grupo que começou quando uma rapariga, ao deparar-se com a falta de tunas femininas na sua universidade, pôs mãos à obra e afixou cartazes para reunir interessadas, e, assim, nasce a TAFUÉ. Esta tuna cantou também um fado de Luiz Goes, “Toada Beirã”.




Na segunda parte do festival entra a Estudantina Universitária de Coimbra com dois temas, o segundo em referência ao 17 de abril e à celebração da Liberdade: “Capa Negra, Rosa Negra”, de Adriano Correia de Oliveira. De seguida, para continuar a entreter o público, volta a vencedora da última edição, TFIST, que escolheu a “Balada a Coimbra”, do grupo de fado Amanhecer. A última tuna a concurso foi a TUNAFE, que reinterpretou “Guarda-me esta noite”, de Valter Lobo. Por fim, sobem a palco As FANS, que entre outras músicas cantam o “Sim”, de João Farinha. Encerram a noite de espetáculos com “Sonho a preto e branco”, original que deu nome ao seu álbum e aborda as cores que as unem.
Após os agradecimentos, deu-se início à entrega de prémios. Em Coimbra, com as Mondeguinas, ficaram os de “Tuna Mais Tuna”, “Melhor Serenata” e “Melhor Original”. A adaptação da TAFUÉ foi considerada a melhor do evento. Já os prémios de “Melhor Solista” e do “PasaCalles” levaram-nos a TUNAFE. Além de “Melhor Instrumental” e “Melhor Pandeireta”, a TFIST volta a ser premiada como a “Melhor Tuna”, com o prémio “Até Depois”. O nome deste último prémio foi escolhido em homenagem a uma FAN “muito especial”, explicam.




Por Ana Cardoso
