Sarau Cultural, novidade no festival, vai contar com “5ª Punkada”, grupo da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra. Coordenador geral do FESTUNA refere que evento “já acompanhou percurso académico de várias pessoas”. Por Luís Gonçalves
O Festival Internacional De Tunas de Coimbra (FESTUNA), organizado pela Estudantina Universitária de Coimbra (EUC), grupo da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (AAC), volta ao Jardim da Sereia com a sua XXXI edição. A festa acontece no primeiro fim-de-semana de maio, nos dias 5, 6 e 7, e regressa aos moldes segundo os quais foi criado: ao ar livre, no Jardim da Sereia, cantado para toda a cidade.
Nos últimos anos, exceto na última edição, o FESTUNA realizou-se no Teatro Académico de Gil Vicente. Na altura da sua criação, em 1990, o festival estava integrado na programação da Queima das Fitas e não limitava o número de pessoas que podiam estar presentes. Pedro Andrade, coordenador geral desta edição, revela que “o regresso às origens era algo que a EUC já queria fazer há algum tempo”.
O FESTUNA vai contar com dois dias de espetáculos: o primeiro vai começar com uma noite de serenatas, na qual vão atuar as tunas a concurso, um grupo de fado convidado e a tuna anfitriã. O Sarau Cultural, uma novidade do FESTUNA, acontece no segundo dia. Pedro Andrade explica que, com este momento, a EUC “pretende misturar grupos da academia e de Coimbra”. Os artistas para o Sarau ainda não estão todos confirmados, mas já existe uma banda anunciada, os 5ª Punkada, nascidos no seio da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), com quem a EUC está a colaborar. Com esta parceria, a organização do festival ambiciona “quebrar barreiras e incluir toda a gente”, explica o coordenador.
Na noite do dia 6 acontece o grande espetáculo, com as atuações das tunas convidadas: a Tuna Académica de Lisboa, a Tuna Académica do Instituto Superior de Engenharia do Porto, a AZEITUNA – Tuna de Ciências da Universidade do Minho e a Tuna Universitária de Salamanca. Como não poderia deixar de ser, a Estudantina fica responsável por fechar a noite.
Como convidado, Tiago Silva, artista local, vem partilhar os seus vinte anos de experiência com a comunidade e integrar o júri do concurso. Depois das atuações, vai existir um convívio nos Jardins da AAC, animado pela banda Ponto & Vírgula.
Para Pedro Andrade, “o FESTUNA difere-se de outros eventos na cidade por ser um festival que já acompanhou o percurso académico de várias pessoas”. Por isso, a festa é “para aqueles que estudam, já estudaram e para os que um dia vão estudar em Coimbra”, bem como para quem nunca passou pela academia, “mas gosta da tradição coimbrã”.
O festival conta com vários apoios de entidades locais, entre as quais a Câmara Municipal de Coimbra, a União de Freguesias de Coimbra, os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra e algumas estruturas da casa, como a Queima das Fitas e a Direção-Geral da AAC. No âmbito da divulgação do evento, a EUC tem marcada uma ida à televisão pública nas próximas semanas.
Por fim, o coordenador geral declara que, “ao incluir grupos de Coimbra, o festival acaba por chamar mais pessoas”. Pedro Andrade apela a que “venham ao FESTUNA, de forma a fazer do primeiro fim de semana de maio uma grande festa da cidade de Coimbra”.
