Iniciativa pretende realçar união dos estudantes. Estão presentes espólios históricos dos anos 50, 60 e 80. Por Luísa Rodrigues
No âmbito das comemorações da “Semana da Capa e Batina”, foi inaugurada, na Associação Académica de Coimbra (AAC), a exposição “Decretus Históricos da Academia”. A iniciativa provém do Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra – Magum Consilium Veteranorum (MCV), em parceria com a Direção-Geral da Associação de Coimbra (DG/AAC) e o Museu Académico da Universidade de Coimbra (UC). O evento contou com as intervenções de Daniel Aragão, Renato Daniel, vice-presidente da DG/AAC, e do dux veteranorum, Matias Correia.
A exposição é composta por decretus históricos das décadas de 50, 60 e 80 do MCV. Matias Correia alega que que estes documentos são “bastantes desconhecidos” para os estudantes. Estes textos são importantes porque “demonstram o quotidiano que se vivia naquela época”, acrescenta. Além disso, segundo o estudante, um outro propósito da iniciativa foi mostrar a “imagem da praxe académica”. O dux explica que o público entende a praxe apenas como o “gozo do caloiro”, quando, na verdade, é a “prática dos estudantes de Coimbra”. Os decretus são um exemplo, já que representam medidas tomadas por parte dos alunos da UC, conclui.




Ainda durante o evento, foi inaugurada uma réplica do azulejo da raposa, que está à saída da sala de exame privado da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC). Segundo a placa inaugural, os estudantes, quando reprovavam, costumavam pontapear a raposa, devido à sua conotação como um animal “matreiro”. De acordo com Matias Correia, o azulejo encontra-se num “estado de degradação avançado”, pelo que, de modo a “preservar esta superstição” e “dar visibilidade e uma justa homenagem à história da FDUC”, a réplica foi construída.
Segundo o estudante, umas das intenções destas atividades ao longo da semana é promover o uso de capa e batina, uma vez que é um “símbolo unificador dos estudantes”. Além da inauguração, vão ocorrer jantares em repúblicas e também visitas ao Museu Académico, com entrada livre, se o estudante estiver de capa e batina, completa Matias Correia. A exposição está aberta ao público até junho, das oito às 20 horas. O dux menciona que está expectante para ver a “recetividade por parte dos estudantes”
