Cultura

CITAC apresenta espetáculo “Amálgama”

Matilde Dias

Projeto permite fusão de corpos que coincide com título da peça, indica o encenador. Espetáculo vai decorrer de 18 a 23 de abril na Associação Académica de Coimbra. Por Matilde Dias

O Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC) vai apresentar nos próximos dias o espetáculo “Amálgama”, um exercício final do curso de iniciação ao teatro 2022/2023. O projeto junta 12 ‘performers’ num momento de confraternização e harmonia.

O encenador e diretor da iniciativa, Tales Frey, afirma que quando começado o projeto deu-se uma fusão de corpos, que, de forma automática, coincide com o significado da palavra “Amálgama”. Acrescenta que a ideia era pensar como é que da fusão de “distintas vivências e repertórios” podem ter um “resultado estético de uma maneira mesmo física”.

O artista revela que, apesar de ter sido a própria inspiração do projeto, também baseou o seu trabalho no de alguns artistas. A pintora e escultora brasileira, Lygia Clark, o artista austríaco, Erwin Wurm e o pintor, escultor e artista plástico, Hélio Oiticica são exemplo disso.

Admite ainda que pediu a cada ‘performer’ que transpusessem um “exagero da própria interioridade” ao propor que cada um escolhesse o seu “look pessoal”. O objetivo final passa pela criação da ideia de que, mesmo ao existirem diferentes figurinos, se pudessem transformar, por meio da fusão, num visual único.

O encenador informa que o espetáculo é “para todas as idades” e acredita que, apesar de existir a presença de corpos desnudos, acabam por ser apenas isso, sem qualquer tipo de insinuação sexual. “Mesmo desnudo, o corpo é vestido de cultura, então, ao ser representado desta maneira vem com uma carga simbólica”, acrescenta.

Além disso, Tales Frey conta que o maior desafio foi criar um ambiente que fosse “prazeroso” para os envolvidos, ao receber no final um resultado “muito gratificante”. Admite ainda que o desejo inicial era pensar “na democracia através de jogos e exercícios” que tornassem o encontro mais “confortável”.  

As expetativas para a receção do espetáculo são grandes, afirma o encenador que pensa em dar “continuidade à trajetória deste projeto”, e que já tem em mente apresentações previstas em Portugal. Revela ainda a criação do desdobramento da performance para uma vídeo-documentação, que vai ser apresentada em Nova Iorque, na Judson Memorial Church, no dia 28 de junho deste ano.

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