Caloiros e veteranos descem à praça 8 de maio em contestações relativas à Queima das Fitas. Matias Correia declara que objetivo passou por “mudança de postura na forma como são realizados eventos que afetam a academia”. Por Marijú Tavares
No dia 12 de abril realizou-se uma manifestação estudantil em frente à Camara Municipal de Coimbra (CMC), promovida pelo Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra – Magnum Consilium Veteranorum (MCV). A manifestação, que teve início às 17h30 na Praça da República, contou com a presença de cerca de duas centenas de estudantes. Esta mobilização, que advém da insatisfação da academia em relação as alterações do dia do cortejo e na Queima das Fitas (QF23), vem de encontro com mais uma edição das “Calouridas” – jogos da UC.
Neste evento praxista, caloiros e veteranos uniram-se para a “Bênção dos Rebanhos pelo Dux Veteranorum”, “Jogos Calorais”, “Entrega de Prémios ao Rebanho Vencedor”. As atividades culminaram na manifestação na praça 8 de Maio. Maria Combo, uma das veteranas organizadoras, explicou que o principal objetivo é “dinamizar e integrar todos os alunos do primeiro ano, para se conhecerem melhor e não haver rivalidades”.
No âmbito da manifestação, a estudante considerou que a atividade mais importante foi a construção dos cartazes e concluiu que estes “estão a pensar nos seus direitos e não se sentem satisfeitos com as decisões da Câmara”. Num balanço da atividade, a veterana constatou que, em comparação a anos anteriores, foi uma “edição mais fraca em termos de adesão”, apesar de uma “melhor prestação”.
Finda a manifestação, o dux veteranorum da UC, Matias Correia, declarou que com estas reivindicações pretende-se “uma mudança de postura na forma como são realizados eventos que afetam a academia”. No que toca à alteração da data do cortejo da QF23 devido aos concertos da banda Coldplay, o veterano pontuou que “nestes eventos de grande envergadura” deve-se ter em conta o “peso simbólico e histórico para os cidadãos de Coimbra”. O estudante afirmou ainda que a academia “não está contra estes eventos”, contudo espera que “nos próximos anos, isto não volte a acontecer” e que haja “comunicação atempada por parte da CMC”. Além disso, reforçou que os estudantes devem ser “consultada antes de se firmarem os contratos todos”.
Matias Correia acreditou que cumpriram com o objetivo: “entregar o fardo de palha ao edil de Coimbra”. Deste modo considerou que a adesão “estava dentro das expectativas” e sublinhou o mote da manifestação: “nem por um milhão se vende a tradição”.
