Conversa sobre arte e cultura ocorreu na sede do COL.ECO. Coordenadora destaca “formação interna aliada à atração de novas pessoas”. Por Miguel Santos
Aconteceu ontem, dia 19 de abril, pelas 17h30, a conversa “A arte está na rua? A cultura na participação democrática”, na sede do COL.ECO. Esta é a última de 4 conversas dinamizadas pela organização que contaram com o apoio da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra. Esta conversa abordou temas como o papel da cultura e da arte no aprofundamento da democracia, e a participação dos cidadãos nos espaços que habitam.
Esta conversa contou com a presença especial de 4 personalidades: Teresa Tellechea e Rita de Almeida, ambas do COL.ECO, Cláudia Pato Carvalho, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e José Miguel Pereira do Jazz ao Centro Clube. A atividade desenrolou-se de forma horizontal por ter participação do público, nas palavras da coordenadora do projeto, Rute Sousa. Algumas das questões orientadoras da conversa foram: “Qual é o papel da arte na participação democrática?”, “Qual a importância da arte na educação para a cidadania?”, e “Qual a ligação da arte com a vida local e comunitária?”.
O COL.ECO é um projeto do Portugal Inovação Social, que tem financiamento do Poise e que tem como investidor social a Câmara Municipal de Coimbra. A coordenadora do projeto afirma que “os objetivos são apoiar pessoas que têm ideias de negócio e que estão em situação de desemprego, subemprego, ou que precisam de trabalho”. A par disto, a iniciativa pretende dinamizar a Baixa de Coimbra com “um projeto diferente”, com carácter “baseado nas questões de eco sustentabilidade”, aponta.
O espaço oficial da organização tem uma loja colaborativa, com produtos de diferentes participantes e uma sala onde se desenrolam as atividades. As pessoas ajudadas por este projeto contam com 50 horas fixas de formação coletiva, com componentes na área do empreendedorismo, bem como outra referente à dimensão financeira. Depois, tem-se acompanhado de forma individual os envolvidos.
Por enquanto, são vinte os negócios impulsionados pela iniciativa, situados na íntegra em Coimbra. Alguns estão já totalmente independentes, outros encontram-se “em transição”, afirma Rute Castela. “Existe inclusive, perto da sede, uma mercearia em funcionamento”, embora alguns negócios se vejam obrigados a afastar da baixa, devido “às rendas elevadas”, declara a coordenadora. Acrescenta que há outros casos, como no campo da cerâmica, que requerem “um ambiente mais controlado e espaçoso, onde se coloque os equipamentos e os materiais e se possa manuseá-los”.
Em relação à adesão, Rute Castela afirma que “tem sido muito boa”, visto que “enche várias vezes a sala destinada às conversas”. Refere também que “aparecem pessoas por espontaneidade e curiosidade”, movidas por “algum cartaz que viram ou alguma menção que ouviram”. Esta última conversa contou com a sala cheia, à semelhança das anteriores. A coordenadora conclui ao dizer que a importância destas atividades passa pela “formação interna aliada à atração de novas pessoas”.
