Cultura

XXV Semana Cultural viaja para o “Horizonte”

Lucília Anjos

Tema contribui para “expandir o sentido em diversas perspetivas”. Evento de cultura de “referência da Universidade” abre com concerto da Orquestra Académica. Por Lucília Anjos

Dia 1 de março, às 21h30, a Orquestra Académica da Universidade de Coimbra (UC) abriu a semana cultural da UC, no dia em que esta completou 733 anos, com o concerto “Horizontes Sinfónicos” no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV). O espetáculo, com duração de 1h30, contou com um discurso inicial por parte do reitor da UC, Amílcar Falcão, e do vice-reitor da UC para a Cultura, Comunicação e Ciência Aberta, Delfim Ferreira Leão.

O vice-reitor refere que o tema da semana cultural é o horizonte, com o objetivo de contribuir “para expandir o seu sentido”. É necessário refletir sobre “o que já se fez e projetar o futuro”, complementa Delfim Leão. O mesmo mostra que os 15 dias de comemoração da cultura, a decorrer entre 1 e 15 de março, “correspondem ao pulsar artístico da comunidade e da cidade”.

A presidente da Tuna Académica da UC (TAUC), Inês Sequeira, menciona que a TAUC, desde que foi fundada, tem “tido a sorte de abrir todas as semanas culturais”, pois é “o evento de cultura de referência da Universidade”, o que “é uma grande honra”, revela. O agrado é sentido também pela sub-coordenadora da Orquestra Académica da UC, Inês Eulálio, que acrescenta ser “uma oportunidade para a orquestra se apresentar à comunidade”.

Este concerto pretende explorar o conceito de horizonte de diversas perspetivas, preparado pela comissão em articulação com o diretor artístico e maestro, André Grange, e maestro assistente, Leandro Alves. Inês Eulálio conta que a apresentação incide em Paraísos Artificiais, obra escrita em 1910 por Luís Freitas Branco: “um horizonte em termos de imaginário”.

O espetáculo, explica a sub-coordenadora da Orquestra, passa para um horizonte “em termos marítimos, na vertente do que é ser português”, numa interpretação de uma obra em que a orquestra se alia a “sons de eletrónica e que explora o fundo do mar”. Além destes, um horizonte “que remete para o espaço” e, no final, um para “o imaginário de ficção”, com uma referência à banda sonora de Star Wars.

A Orquestra Académica da UC, com quase 70 músicos em palco, foi a escolhida para este momento de abertura. Inês Eulálio refere que é “uma forma de apresentação de um grupo da casa num momento especial”, já que resulta de uma parceria entre a TAUC e a reitoria da Universidade. A TAUC, por sua vez, vai ter mais um concerto inserido na semana cultural, no dia 14 de março, às 21h30, no TAGV: “O Fado no Horizonte do Jazz”.

Inês Sequeira reforça que a TAUC comemora 135 anos, o que faz com que este concerto seja “o de abertura destas comemorações, logo tem uma importância redobrada”. O maestro André Grange conta que, além do aniversário da “mãe TAUC” e da UC, no dia 1 de março nasceu também o Professor Tobias Cardoso, maestro da TAUC mais de 20 anos, com uma homenagem no final do concerto.

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