IPC assina parceria com outras sete IES. UNIgreen pode ser “veículo para criação de doutoramentos conjuntos”, considera presidente do IPC. Por Ana Cardoso
O Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) juntou-se com mais sete instituições europeias de ensino superior (IES) para fundar a UNIgreen – A Universidade Europeia Verde. A cerimónia que oficializou a criação deste consórcio aconteceu dia 6 de março, em Modena, Itália. Foram ainda declaradas as suas principais responsabilidades e o funcionamento.
As oito instituições unem esforços para promover as áreas da agricultura sustentável, biotecnologia e ciências do ambiente e da vida. Assim, o Politécnico de Coimbra soma-se à Universidade de Almería (Espanha), à Universidade de Modena e Reggio Emilia (Itália), à Haute Ecole de la Province de Liege (Bélgica), à Universidade de Ciências da Vida de Varsóvia (Polónia), à Universidade de Plovdiv (Bulgária), à Universidade Agrícola da Islândia (Islândia) e à Escola de Engenharia de Biotecnologia Sup’Bioptech (França).
Em comunicado, lê-se que o objetivo é fomentar o desenvolvimento climático e formar pessoas competentes para atingir uma “economia neutra em termos climáticos” e “eficiente na utilização de recursos”. O presidente do IPN, Jorge Conde, explica que a UNIgreen “pode ser um veículo fundamental para a criação de formação, em particular doutoramentos no seu seio”.
Esta iniciativa resulta de uma candidatura feita pelas oito IES ao projeto “Universidades Europeias”, do programa Erasmus+, que prevê a criação de alianças entre várias instituições. De entre as 31 propostas apresentadas na terceira chamada, em 2022, a UNIgreen foi uma das escolhidas. A pró-presidente para a área das relações internacionais do Politécnico de Coimbra, Maria João Cardoso, considera haver uma “coincidência feliz” no arranque desta universidade europeia, uma vez que foi também aprovada, no parlamento, a possibilidade de os politécnicos passarem a poder atribuir o grau de doutor.
Este projeto vai ser implementado durante os próximos quatro anos, com o financiamento de sete milhões de euros da Agência de Execução Europeia da Educação e da Cultura. Segundo Maria João Cardoso, neste momento estão a ser formados os órgãos de funcionamento para depois ser possível pôr em prática as atividades planeadas. A mesma prevê que se comecem a implementar os graus conjuntos de formação no final do próximo ano.
