Grupos envolvidos apontam para “falta de comunicação e divulgação” do evento. Presidente da DG/AAC promete que problemas de organização vão ser apurados e não se vão “voltar a repetir”. Por Daniel Oliveira
A atuação dos grupos académicos femininos da Universidade de Coimbra nos Jardins da Associação Académica de Coimbra (AAC), que estava prevista para esta terça-feira às 18 horas, foi cancelada. Segundo as participantes, problemas de organização e comunicação por parte da Direção-Geral da AAC (DG/AAC), levaram-nas a decidir não atuar.
De acordo com a vice-presidente do grupo Mondeguinas, Rita Neves, o convite para a atuação foi feito pelo Pelouro da Intervenção Cívica e Ambiental da DG/AAC, via mail, a “toda a gente”. Explica que o objetivo da atividade era “celebrar a semana e o dia das mulheres” com “algo simples” – no caso, “tocar algumas músicas por meia hora.
Os grupos académicos envolvidos não receberam “muitos pormenores”, tão pouco sabiam que “ia ser como ia ser”, conta a vice-presidente do grupo As FANS, Úrsula Ventura. Explica que o seu grupo estava na Casa do Lago – onde têm os seus instrumentos – dez minutos antes da atuação e que não tinham recebido contacto de ninguém. Entretanto, segundo Úrsula, As FANS chegaram aos Jardins da AAC e um elemento da organização “que não estava muito por dentro do assunto” foi falar com a tuna e perguntou onde elas preferiam atuar: à frente do palco ou na calçada.
Foi então que os grupos femininos em questão se reuniram e decidiram não atuar. Úrsula Ventura afirma que este posicionamento deve-se à “falta de condições que vão de acordo com a celebração proposta”. Rita Neves aponta também para a “falta de comunicação e divulgação” do evento.
Em resposta a estas declarações, o presidente da DG/AAC, João Caseiro, considera que houve, de facto, “uma descoordenação no dia”. Refere ainda que as atividades são “planeadas com os envolvidos de forma a que aconteçam da melhor forma possível” e que não sabe em concreto “o que terá falhado em termos de comunicação”.
João Caseiro crê, no entanto, que os grupos femininos tinham os contactos da DG/AAC e que, “se sentiram que alguma coisa não estava a corresponder” por parte do órgão executivo, “poderiam comunicar durante o processo de planeamento”. O dirigente promete que a situação vai ser apurada, “para ver o que falhou e para não se voltar a repetir”.

O Jornal A CABRA também soube que a Tuna Feminina de Medicina da UC (TFMUC) não foi convidada para participar na atuação. A tesoureira do grupo, Catarina Oliveira, relata que souberam do evento através da publicação da AAC no Instagram e que procuraram no seu mail por um convite, mas não encontraram nada. Catarina Oliveira acrescenta que a TFMUC gostava que a organização tivesse falado com o grupo, porque “nenhuma palavra foi dirigida em momento algum”.
João Caseiro julga que pode-se ter tratado de uma falha de comunicação. “A DG/AAC tem tido alguns problemas com a plataforma de mail”, justifica. O presidente do órgão executivo lamenta “que não tenham sido reunidas as condições consideradas necessárias para a realização do evento” e que “não houve más intenções de uma parte ou de outra”. Por fim, aponta para a necessidade de foco da DG/AAC nos próximos eventos da semana e de não repetir os erros que tenham sido cometidos “neste processo específico”.
