Cidade

Mulheres em união fazem a revolução

Sofia Ramos

Protestos saem à rua por todo o país para celebrar o Dia Internacional da Mulher. Apesar da chuva, Coimbra une-se num “movimento de todos para todos”. Por Carolina Silva

No fim da tarde de hoje, por volta das 18 horas, iniciou-se na Praça 8 de Maio uma manifestação organizada pela plataforma nacional “8 de março” com o intuito de celebrar o Dia Internacional da Mulher. Esta associação denuncia a desigualdade salarial e a cultura machista, em conjunto com outros coletivos através do manifesto “Vivas, Livres e Unidas”, bem como com a participação nas concentrações por todo o país.

A representante da brigada “Fernanda Mateus” e da rede “8 de março”, Leonor Silva, esclarece a ideia desta associação que procura “denunciar o patriarcado e os seus tentáculos”. A jovem afirma que estas manifestações são “importantes pois, enquanto alguma mulher estiver cativa a luta não vai acabar, nem chegar ao fim”. Leonor Silva aproveita para deixar uma mensagem a todas as mulheres: “Prometo-vos que este dia é de celebração, mas ao mesmo tempo de luto, que queremos transformar em luta”.

De acordo com esta participante, estão também Bárbara Mesquita e Catarina Batista, pertencentes ao Núcleo de Estudantes de Relações Internacionais da Faculdade de Economia da Associação Académica de Coimbra, que defendem a importância dessa luta. As estudantes relembram que, “apesar de celebrarmos as pequenas vitórias, temos de ter consciência que estas representam uma parte muito ínfima daquilo que ainda é preciso alcançar”. Também houve outras participantes a manifestarem-se que realçaram a ideia de que, “apesar da chuva, a nossa missão é vir às manifestações, lutar todos os dias, falar com o próximo e quebrar os estereótipos”.

O protesto realiza-se, neste momento, contra a violência doméstica e sexual, o sistema de justiça machista, a transfobia, tráfico de mulheres, negação de direitos reprodutivos, assim como o racismo e a xenofobia. Por todas as ruas ouviram-se cânticos a exigir um “mundo melhor”, como a música adaptada “Amanhã de manhã”, d’As Doce, com a letra: “Se também vieres, dás-me a tua mão, unem-se as mulheres, fazem revolução”.

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