BMC promove exposição de um dos mais influentes poetas portugueses do século XX. Iniciativa pretende homenagear autor e dar conhecer sua obra. Por Frederico Cardoso e Gustavo Eler
O ano de 2023 é assinalado pelo centenário do nascimento de Eugénio de Andrade. A Biblioteca Municipal de Coimbra (BMC) recorda o poeta com uma exposição da sua bibliografia, que conta com exemplares das primeiras edições das suas obras. A exibição é de entrada gratuita e pode ser visitada até dia 21 de abril, nas instalações da BMC.
O objetivo da exposição, segundo Fátima Carvalho, bibliotecária da BMC, passa por divulgar a riqueza dos “fundos bibliográficos e o património existente”. Para além disso, pretende-se também homenagear Eugénio de Andrade, um dos ”mais influentes poetas portugueses do século XX”, explica.
Nesta exposição encontram-se presentes, por ordem cronológica, todos os seus livros, grande parte nas suas impressões originais. Desde a publicação da sua poesia mais antiga até à antologia póstuma mais recente, em conjunto com os seus textos em prosa e livros infantis, a iniciativa pretende “convidar todos para o conhecimento da sua obra”, elucida Fátima Carvalho.
Eugénio de Andrade foi um autor com um percurso “muito próprio e individual”, conta a bibliotecária. A sua obra é “muito voltada para o mundo, para a natureza e para as pessoas”, e que não se enquadra em nenhuma “escola de pensamento”, esclarece. Como tal, Fátima Carvalho espera que a exposição não só traga mais visitantes à BMC mas que os que já a frequentam também descubram a “luz” dos escritos do poeta. O mês de abril conta já com mais iniciativas, como uma exposição em torno do “Dia do livro e dos direitos de autor”, apresenta a bibliotecária. A BMC vai também, durante esse mês, promover uma exposição de trabalhos literários de alunos das escolas de Coimbra, organizada pelas bibliotecas de cada uma. Para além disso, este sábado vai contar com um espetáculo infantil, apresentado pela Recortar Palavras, uma associação de Coimbra que ”colabora de forma regular com a biblioteca”, finaliza Fátima Carvalho.

