XII Mostra de Doçaria Conventual e Contemporânea de Coimbra regressa de forma inovadora, renovada e gratuita. Convento São Francisco acolhe apresentação de doces regionais, nacionais e de Santiago de Compostela. Por Frederico Cardoso
A XII Mostra de Doçaria Conventual e Contemporânea de Coimbra, suspensa há três anos, por motivos de situação pandémica, vai regressar no fim-de-semana de 4 e 5 de março, no Convento São Francisco (CSF). O evento foi apresentado hoje, em conferência de imprensa, pelas 11h30, no Café Concerto do mesmo espaço, com a presença de José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), o chefe da Divisão de Cultura e Promoção Turística (DCPT) da CMC, Rafael Nascimento e o presidente da Associação de Doceiros de Coimbra, Gabriel Faneca.
Como grande novidade desta edição, de entrada gratuita, vai ser feita, para além da tradicional vertente da doçaria conventual, uma “aposta na doçaria contemporânea”, explica José Manuel Silva. Complementa que os doceiros vão ser, desta forma, desafiados a desenvolverem “novas formas de arte e degustação”.
O presidente da CMC afirma ainda que não só estarão presentes os doces tradicionais da região, como também os do resto do país, e ainda os de Santiago de Compostela. Do evento espera-se um “crescimento e internacionalização”, de forma a trazer outros países a esta mostra, e, no futuro, “levar também a doçaria regional a estes países”, finaliza.
Para além disso, este evento abre o calendário nacional das mostras de doçaria, e, como refere Rafael Nascimento, retorna com uma forma “renovada e inovadora”. Adiciona que o objetivo passa por preservar o “existente património imaterial” da doçaria conventual, com um incentivo ao “desafio da criação doceira”.
O espaço e a programação da mostra foram adaptadas ao local da sua realização, o CSF. Os 36 doceiros nacionais, que vão estar presentes no evento, são “naturais do Algarve ao Minho”, esclarece o chefe da DCPT da CMC. Em conjunto com os doceiros oriundos de Santiago de Compostela, vão apresentar os seus doces “entre o espaço da igreja e da sala de D. Afonso Henriques”, acrescenta.
Como forma de conjugar a Canção de Coimbra, património imaterial, e a doçaria regional, património material, a festividade vai contar com a atuação de António Ataíde, às 21 horas de sábado, transmite Rafael Nascimento. O resto do fim-de-semana vai ser preenchido com diversos ‘workshops’, demonstrações e degustações para “adoçar a boca a todos os visitantes”, termina.
José Luís Marques, diretor da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, informa que a instituição que encabeça vai apresentar, ainda, uma bebida “inovadora”, criada para o evento. Segundo o mesmo, esta é um ‘cocktail’ que irá “harmonizar e jogar com os doces da região de Coimbra”.
A conferência de imprensa findou com um breve vídeo promocional da personagem fictícia Bruno Aleixo, criada pelo conimbricense João Moreira, que também lhe dá voz. Questionado sobre o futuro do evento, o objetivo fulcral continua a ser “levar e expandir esta mostra a muitas outras cidades”, responde Rafael Nascimento.

