Alterações no Regimento Interno da AM prevêem nova ordem de trabalhos. Gonçalo Pardal faz balanço positivo, mas admite equívocos. Por Ana Cardoso e Hugo Marques.
O auditório da reitoria recebeu no dia 6 de fevereiro, a primeira Assembleia Magna (AM) do semestre, dirigida por Gonçalo Pardal. Às 18h02 reuniu-se o quórum necessário e, com 111 associados efetivos, deu-se início à ordem de trabalhos. Entre os temas debatidos, destaca-se a aprovação do novo Regulamento Eleitoral das eleições para o Conselho Fiscal e Comissão Disciplinar da Associação Académica de Coimbra (AAC).
O documento foi aprovado com a adição de pontos referentes ao ‘plafond’ atribuído a cada lista, ao direito ao voto por envelope e ainda à proibição de convívios na Associação Académica de Coimbra (AAC) nos dias das votações. O voto antecipado vai ter lugar no dia 23 de fevereiro, na sala de estudo do edifício sede da AAC . As eleições gerais ficam marcadas para o dia 28 do mesmo mês, com as urnas espalhadas pelas unidades orgânicas.
O presidente da Assembleia de Revisão dos Estatutos (ARE) e antigo dirigente da Mesa da AM (MAM/AAC), Daniel Tadeu, foi o primeiro a subir ao púlpito, onde fez um breve ponto de situação dos trabalhos da ARE. Seguiu-se o presidente do CF/AAC, Luís Carvalho, que relembrou que se vai realizar no dia 18 de fevereiro um segundo Fórum ARE que, ao contrário do primeiro (dedicado apenas a dirigentes associativos), vai ser aberto a todos os estudantes. Por último, o presidente da Direção-Geral da AAC (DG/AAC), João Caseiro, transmitiu, por exemplo, que o plano de atividades e orçamento para esta direção está a acabar de ser redigido e mencionou o seu descontentamento pela divisória nas cantinas dos grelhados. Esta cortina, colocada pela reitoria, sem aviso prévio, no final de janeiro, divide a antiga cantina dos grelhados entre a AAC e o Teatro Académico Gil Vicente.
A MAM/AAC sugeriu uma adição ao seu regulamento interno de forma a que o ponto “outros assuntos” passe a ser o segundo na ordem de trabalhos. A proposta inicial estipulava um tempo limite para este tema de 1h30. Quando excedido, o assunto ia ser retomado no final da Assembleia. Após várias intervenções e contestação, foi decidida a manutenção do tempo estabelecido, mas sem prejuízo do assunto que estiver a ser abordado no momento. Outra proposta que Gonçalo Pardal sublinha é a melhoria do sistema de justificação de faltas de estudantes que não compareçam nas aulas para assistir à assembleia.
João Caseiro apresentou ainda uma moção no âmbito da falta de alojamento para a comunidade estudantil em Coimbra. O presidente da DG/AAC pretende, com esta proposta, combater o abandono e a elitização do ensino superior. Com o objetivo de recolher 2500 assinaturas de estudantes, o dirigente quer trazer este problema à Câmara Municipal. Diogo Vale, estudante de medicina, sugeriu ainda a participação do Instituto Politécnico de Coimbra na proposta, que foi aprovada por unanimidade, com 108 votos a favor.
A Assembleia Magna terminou às 21h26 por falta do número mínimo de 100 associados efetivos, o que impediu alguns estudantes de intervir. Em entrevista ao Jornal A Cabra, Gonçalo Pardal comenta que, para este problema, “não há uma solução fácil” e que a questão “é complicada”, pois não podem “forçar ninguém a estar presente”. Ainda assim, classifica a sua primeira AM como “positiva e composta por propostas bem estruturadas”, mas fez notar algumas falhas no processo de votação, por exemplo, que atribui à falta de experiência.
