Ciência & Tecnologia

Da sala de aula para o laboratório de Engenharia Química

Mariana Neves

Estudantes do décimo ano puderam “meter mãos na massa” e entender Engenharia Química. Goreti Sales afirma que iniciativa permite que alunos façam “uma escolha mais informada” no futuro. Por Mariana Neves

O Departamento de Engenharia Química (DEQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra recebeu, nos últimos dois dias, alunos do ensino secundário que puderam experienciar o que é serem “Engenheiros Químicos por um dia”. Esta iniciativa surgiu de um protocolo entre a Universidade de Coimbra e o Externato Ribadouro, no Porto, e, desde então, já deu as boas-vindas a cerca de 200 estudantes do décimo ano da instituição.

Goreti Sales, professora no DEQ e coordenadora do grupo de investigação BioMark@UC, explicou que “o DEQ foi desafiado pelo Externato a fazer algumas atividades para que os seus alunos pudessem ter mais conhecimento da área experimental”. Sublinhou ainda a importância da iniciativa, “sobretudo para os estudantes que estão numa fase de aprendizagem” e “a tentar perceber o que querem fazer”.

Mariana Neves

Cada investigador ficou encarregue de um a dois alunos, o que tornou o “contacto muito próximo”, garante a docente. Além disso, este permitiu que cada jovem “fizesse coisas diferentes” dentro dos temas de cada investigador, referiu a professora. Os estudantes puderam, assim, “meter as mãos na massa” e entender as potencialidades da Engenharia Química, desde células solares e biossensores a remediação de águas e bioplásticos.

De acordo com Goreti Sales, esta atividade contribuiu para os participantes conhecerem “as ciências, as engenharias e as tecnologias” e, ao mesmo tempo, ajudou a perceber que esta área “não é nenhum bicho de sete cabeças”. A docente acredita que, por vezes, os alunos têm “repulsa” por estes cursos por falta de conhecimento ou pelo caráter complexo da Matemática.  

“Esta é uma atividade que, em contexto de faculdade, nunca seria possível de realizar”, afirma a coordenadora. A docente acredita que esta experiência se deve manter e até mesmo ser alargada a outras áreas da Engenharia, para que os alunos do ensino secundário possam ter, no futuro, “uma escolha mais informada”. A possibilidade de cada aluno “experimentar coisas que gostou ou detestou” vai contribuir para que estes “escolham o melhor rumo para as suas vidas”, como afirma Goreti Sales. Apesar desta iniciativa ter contado apenas com alunos do décimo ano do Externato Ribadouro, Goreti Sales reforça que o DEQ “não está fechado às escolas de Coimbra”. A docente faz um balanço positivo da atividade e afirma que o departamento está “aberto a receber outras escolas”.

Mariana Neves

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