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Conversa incentiva jovens a tomar “Bica da Europa”

Luís Gonçalves

Participação portuguesa nas instituições europeias é principal destaque da conversa. José Manuel Silva realça a importância dos jovens na política nacional e internacional. Por Luís Gonçalves

No dia 24 de fevereiro realizou-se no café Loggia, no Museu Nacional Machado de Castro, uma conversa informal intitulada “Bica da Europa”. Esta sessão debruçou-se sobre temáticas relacionadas com a participação de Portugal nas instituições europeias.

Esta iniciativa foi promovida pela Europe Direct Região de Coimbra e Leiria. A conversa contou com a presença de Maria Manuel Marques, eurodeputada portuguesa e do presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva. Também compareceram no evento o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, Emílio Torrão e o jornalista João Campos, como moderador.

O tema mais abordado foi a necessidade de um maior envolvimento dos jovens na União Europeia (UE). Para o presidente da CMC, “os jovens um dia vão mandar no mundo e é muito importante que se faça esta preparação”. Realça também a capacidade dos mais novos serem idealistas, algo “que é muito importante para a contribuição da política nacional e internacional”.

Durante esta sessão também foram feitos muitos apelos à participação dos jovens na UE. Maria Manuel Marques afirma que é preciso uma boa preparação, antes do processo de candidatura, a um cargo na política europeia. Salienta que, “apesar de haver menos portugueses a entrar em cargos na Europa, comparados a outros países, tal deve-se a um menor número de candidaturas e não a um menor nível de qualidade”.

Outro tema que se destacou na conversa foi as duas crises que a Europa passou nos últimos 3 anos, a pandemia e o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Para a eurodeputada, estes problemas mostraram “a importância do mercado interno”, área onde trabalha no Parlamento Europeu.

Sobre o conflito bélico foi ainda referido por Maria Manuel Marques a “importância de uma política de defesa europeia” e a falta de “autonomia estratégica da UE”. Reforça a ideia de que “esta guerra veio mostrar que é necessário ser mais independente do ponto de vista energético e, por isso, há que investir mais nas energias renováveis”. O presidente da CMC declara que “esta invasão veio contribuir para que a Europa ganhasse consciência das suas fragilidades”.

Em relação ao balanço da conversa, foi referido por José Manuel Silva que “todas estas iniciativas são importantes e ajudam os jovens a fazer esse caminho” na política europeia. Maria Manuel Marques acrescenta ainda que “é muito importante explicar aos jovens que é interessante trabalhar na Europa, e que é possível candidatarem-se”.

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