Conselho de Administração (CA) dos SMTUC procura financiamento para concretização de projeto. Substituição dos autocarros sem condições, diminuição da idade média dos veículos e cumprimento de horários são ambição para 2030. Por Ana Filipa Paz
A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) apresentou, no dia 9 de fevereiro, pelas 15h, o Plano de Renovação da Frota e de melhoria do desempenho das áreas afetas à Divisão de Equipamento e Manutenção dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC). Fizeram-se presentes o presidente da CMC, José Manuel Silva, a presidente do Conselho de Administração (CA) dos SMTUC, Ana Bastos, bem como dos vereadores Carlos Lopes e Miguel Fonseca, também do CA dos SMTUC, e da Diretor Delegada dos SMTUC, Maria João Melo.
O presidente da CMC considera que “por ausência de investimento nos anos passados, chegou-se a esta situação”. De acordo com o dirigente, a “única alternativa é a renovação da frota dos SMTUC”, que se estende até 2030 e está avaliado em cerca de 43 milhões de euros. Algumas das razões mencionadas que levaram “os SMTUC a cumprirem cada vez menos a sua missão” são: a falta de autonomia para o investimento e de capacidade de resposta dos serviços, as condições dos autocarros, as oficinas mal preparadas e o incumprimento de horários.
O plano foi apresentado a todos os partidos representados na Assembleia Municipal, com vista a angariar contributos para o projeto durante os próximos 15 dias. Segundo a presidente do CA dos SMTUC, a primeira fase do financiamento diz respeito a um investimento imediato, que já conta com apoios externos, e a segunda fase, que será apresentada em Reunião de Câmara, remete para o cenário pensado para os próximos sete anos.
O objetivo final é evitar a degradação da frota, através da imposição de uma taxa de imobilização de 15% e da entrada de 15 novos autocarros por ano. José Manuel Silva encara esta proposta como um desafio de “exigência tremenda”. Ana Bastos explica que o projeto está dependente do financiamento que conseguirem, em particular no que concerne ao aluguer e à compra de veículos, à política salarial do país, que acaba por colocar um entrave à contratação de profissionais, à disponibilidade de viaturas a diesel e a “energias limpas”, entre outras preocupações.
Quando questionada sobre a articulação do plano de renovação da frota dos SMTUC com a construção do Metro Mondego, a presidente da CA esclarece que “os SMTUC vão passar a complementar a linha do metro”, pelo que, aqueles que vão ser substituídos vão passar a fazer a cobertura das zonas periféricas que carecem de transportes públicos. Revela, ainda, que “em muito poucos meses vai haver novidades” acerca da informatização dos locais de venda.
