Ensino Superior

O regresso à (a)normalidade académica

Ana Cardoso

Estudantes pedem reforma pedagógica. Saúde mental e acessibilidade aos espaços geram preocupação. Por Ana Cardoso e Maria Inês Pinela

Com o final do primeiro semestre daquele que é caracterizado como o ano mais normal desde o início da pandemia, os estudantes partilham as suas experiências vividas. O Jornal A CABRA foi à rua para perceber os pontos positivos e negativos da vida estudantil ao longo dos últimos três meses. 

Os estudantes salientam o sistema de avaliações usado nas faculdades da Universidade de Coimbra (UC) como algo a melhorar. Fernando Rosas, aluno da Faculdade de Direito da UC (FDUC), evidencia a falta de avaliações contínuas e defende que os alunos deveriam ter esta oportunidade. Descreve também a época de exames como um período exaustivo.

Matilde Fernandes, aluna de Geografia da Faculdade de Letras da UC, concorda com a opinião do estudante de direito. Ressalta ainda a dificuldade dos alunos dos arquipélagos de ir passar as férias de Natal a casa e regressar a tempo da época de exames. 

Alguns estudantes expõem também a falta de meios de transporte públicos para chegar às faculdades, o difícil acesso aos edifícios por parte de pessoas com mobilidade reduzida. Realçam ainda a falta de atenção dada à saúde mental da comunidade académica como ponto a melhorar. 

Os aspetos positivos mais frisados pelos alunos do Ensino Superior no decorrer deste semestre são as novas amizades, facilitadas pelo levantamento das restrições, e a vida académica de Coimbra. É ainda referido o entusiasmo dos estudantes com o regresso à normalidade, como declara Mariana Gil Passos, da FDUC, que sentiu que “este ano estava toda a gente muito empenhada nas aulas”. Acrescenta também a elevada lotação nas salas. 

Ao abordar a temática das festas académicas, os estudantes apontam alguns problemas à Latada e à sua organização. Quanto à Queima das Fitas, esperam um melhor cartaz, com menos reciclagem de artistas de anos anteriores, melhor organização e preços mais acessíveis dentro do recinto. Apontam ainda o aumento da capacidade de pessoas no Parque da Canção como algo a ter em atenção. Apesar das críticas, os estudantes admitem a sua presença nas Queima das Fitas de 2023, porque, como declara Mariana Gil Passos, “Queima é Queima e Queima é em Coimbra“.

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