Movimento Cívico pela Estação Nova enceta petição pública contra intenção parlamentar. 1,3 milhões de passageiros afetados pelo possível fecho da infraestrutura à beira-rio. Por Sam Martins.
O Movimento Cívico pela Estação Nova (MCEN) opõe-se ao encerramento da Estação de Coimbra, junto da Portagem. O edifício, considerado histórico pelo MCEN, está em risco de ser inativo desde antes de 2022. Luís Neto, porta-voz do movimento, levou a Assembleia da República (AR), no dia 30 de novembro, as 3411 assinaturas até então reunidas na petição pública, e referiu as anteriores tentativas de alteração da decisão.
Os problemas apresentados pelo MCEN, como a estação de Coimbra-B “ficar à porta da cidade” e o projeto Metrobus ter previsto como sede a estação central, reforçam a necessidade de soluções. Das que foram abordadas, como o comboio ser a ligação para fora da cidade e o Metrobus vir a ser a ligação para dentro da cidade, o projeto defende a coexistência dos elementos de transporte. “ O Metrobus não tem condições de substituir, de modo funcional, o que o comboio faz hoje em dia”, como é mencionado pelo porta-voz do MCEN.
Estas soluções resultaram numa resposta geral positiva por parte dos deputados da Comissão de Economia e Obras Públicas da AR. No entanto, manifestaram a sua reserva quanto ao tempo de duração destas propostas. Luís Neto contrapõe que “atrasar o projeto não é problema”, pois não se perderá o financiamento, já que este está consagrado “no quadro europeu PT2030”.
O grupo reitera que a eliminação desta estação afeta 1,3 milhões de passageiros anuais (dados do MCEN). Reforça ainda que “vai continuar a tentar reunir com o ministro Pedro Nuno Santos” para que, em última análise, “Coimbra não seja exceção” no que toca aos ideias defendidos pelo ministro de que o “comboio tem de chegar ao centro das cidades”.
