Augusto Santos Silva afirma necessidade de parcerias entre estudantes e governo. “Sem associações académicas, não há universidade”, refere. Por Larissa Britto e Raquel Lucas
No dia 5 de dezembro, perto das 18h30, o presidente da Assembleia da República (AR), Augusto Santos Silva, visitou o edifício-sede da Associação Académica de Coimbra (AAC). A sua visita foi motivada pela entrega do prémio Barbosa de Melo à Universidade de Coimbra (UC) e pelo seu interesse por contactar com a cidade.
Augusto Santos Silva recebeu, por parte da Direção-Geral da AAC, o caderno reivindicativo que, nas últimas legislativas, foi entregue aos candidatos pelo círculo eleitoral de Coimbra. O presidente da AR promete “ler o documento com muita atenção” e adianta, ainda, a realização de uma conferência sobre “o futuro do Ensino Superior”.
Enquanto antigo dirigente associativo na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Augusto Santos Silva refere que “sem associações académicas, não há, de facto, universidade”. Recomenda, ainda, “a preservação da autonomia” por parte do movimento estudantil, sem alianças com o governo. Em vez disso, aconselha os estudantes a estabelecerem parcerias.
Na visão do presidente da AR, a resposta “ao problema grave do alojamento, com a qual tantos estudantes se confrontam” em cidades como Lisboa, Porto e Coimbra está na colaboração entre associações e universidades. “O processo que levou, nos últimos anos, à redução do custo das propinas teve uma influência muito grande das reivindicações estudantis e partidárias”, explica Augusto Santos Silva. Desta forma, salienta a importância destes movimentos, em especial “nas áreas social e cultural”, que encara como “inestimável”.
