Ensino Superior

“Resiste Agora!” aposta na fotografia para reivindicar direitos estudantis

Bruna Santa

Segunda mobilização em prol da mudança na gestão da FDUC. Estudantes insatisfeitos com falta de resposta aos seus problemas. Por Marcelle Brooman e Bruna Santa

Neste dia 3 de novembro, as “Gerais” da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) reuniram um grupo de estudantes num fotoprotesto organizado pelo movimento “Resiste Agora!”, com o apoio do Núcleo de Estudantes de Direito da Associação Académica de Coimbra (NED/AAC). Perante a problemática da pedagogia, os participantes do movimento procuraram reivindicar os direitos dos alunos de direito através de um protesto mais “criativo e inovador”, afirma João Maduros, estudante de mestrado da FDUC e promotor do evento.

O fotoprotesto contou com a presença dos estudantes da FDUC, que demonstraram a sua indignação para com problemas não só infraestruturais, mas também de gestão académica, em especial, as condições das salas de estudo, a colocação de sumários apenas no final do semestre e a falta de avaliações em datas repartidas. Assim, em formato de cartazes, pretendem ser ouvidos pela Direção da Faculdade. Neste sentido, o seu objetivo é formar uma corrente de alunos cujo impacto impulsione a mudança expressa na apresentação de novas soluções, por parte das instituições responsáveis.

O presidente do NED/AAC, Rafael Assunção, salienta a manifestação “Basta!” que decorreu há cerca de duas semanas, na Porta Férrea, uma vez que os Serviços da Academia “não lacraram as notas dentro dos prazos estipulados, para que os estudantes se pudessem candidatar a mestrado”. De facto, esta demora impossibilitou a entrada de estudantes. O NED/AAC continua em contacto com a Direção da Faculdade, que também já falou com o Provedor de Estudantes para tentar resolver a situação.

O movimento “Resiste Agora!”, representado por João Maduros, refere que esta incapacidade de dar resposta aos problemas referidos pelos alunos é um dos motivos de insatisfação, por parte dos discentes, decisivo para prosseguir estudos na faculdade em causa. Verificou-se que a presença de cerca de 100 de estudantes no movimento “Basta!” foi “fundamental para uma mudança de atitude por parte da Direção da Faculdade”, destaca o dirigente. Revela também que a iniciativa resolveu em parte o problema.

Tanto Rafael Assunção como João Maduros incitam à repartição das avaliações; ao maior espaçamento dos exames na respetiva época; à elaboração de trabalhos como momentos de avaliação e à avaliação da participação dos alunos nas aulas, de modo a incentivá-los. O representante do movimento “Resiste Agora!”, nesta atividade, acredita na luta constante pelos seus direitos e confia na sua capacidade interventiva para propôr soluções.

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