Cidade celebra novembro com conjunto de espetáculos de fado. Eventos têm como objetivo “espalhar a tradição” e mostrar que canção de Coimbra está “em constante renovação”. Por Lucília Anjos e Marco Monteiro
Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (SF/AAC) celebra fado durante mês de novembro. De dia 8 a dia 29 de novembro, Coimbra vai poder presenciar diversos espetáculos que vão desde atuações de grupos de guitarradas a serenatas ao ar livre. O público alvo é “de um modo geral, estudantes”, aponta o vice-presidente da SF/AAC, Francisco Pereira, devido ao facto de o fado de Coimbra ter sido criado por estes durante os seus percursos académicos. O convite é, no entanto, dirigido a todas as idades.
O primeiro evento público acontece dia 8 de novembro, às 21 horas, no bar Liquidâmbar, com a atuação do grupo de fado D’Anto. Além deste, vai decorrer uma tertúlia de guitarradas e de fados com a participação de um ‘luthier’ e de construtoras de guitarras de Coimbra, no dia 12. Segue-se uma noite de guitarradas no estabelecimento Passaporte, dia 17, onde vão ser apenas tocados temas originais dos últimos 15 anos. Já no final do mês, dia 25, pelas 21 horas, vai ter lugar a gala “Pelos últimos 15 anos”, no Teatro Académico Gil Vicente. Francisco Pereira refere que a atuação vai ser marcada por temas intergeracionais e que a celebração do fado vai terminar com serenatas pelas ruas da cidade, durante o dia 29.
O vice-presidente da SF/AAC explica que esta iniciativa consiste numa série de eventos que pretendem “promover o fado de Coimbra”, destinado tanto a estudantes como a não estudantes. O evento já se realizou em novembro de 2020, ano em que, segundo o dirigente, houve “bastante adesão” apesar do contexto pandémico da altura. Este ano espera-se igual ou maior afluência com a divulgação da realização dos eventos através das redes sociais, Universidade de Coimbra e da “aposta no marketing e no design”.
A importância que Francisco Pereira reconhece à realização do mês do fado relaciona-se com a figura da própria secção, cujo objetivo é promover uma maior proximidade entre os estudantes e este género musical. O intuito é que as pessoas “se sintam incentivadas a entrar em contacto com a secção” e que “queiram estar nestes palcos a continuar a tradição”.
