Principal objetivo da revista é tornar Coimbra num sítio melhor. Palestrantes ressalvam importância do jornalismo “incidir na intervenção cívica, participação e sustentabilidade”. Por Luís Gonçalves e Luísa Rodrigues.
A revista Coimbra Coolectiva, no dia 28 de novembro, pelas 14h, apresentou na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, uma sessão intitulada o “Impacto do Jornalismo de Soluções”. As oradoras desta apresentação foram Filipa Queiroz e Joana Araújo, codiretoras do projeto. A plataforma tem como principal foco a comunidade, “de forma a chegar e envolver mais pessoas”, afirma Joana Araújo.
Na primeira parte do encontro, as palestrantes deram a conhecer a história da revista, que se iniciou em 2018 como uma publicação de lazer. Apenas este ano surgiu a proposta de a plataforma ser dedicada ao jornalismo de soluções. Filipa Queiroz refere que esta alteração surgiu da vontade de realizar “um trabalho jornalístico que incida na intervenção cívica, participação, cidadania e sustentabilidade económica, social e ambiental”.
As oradoras mencionam ainda que este meio de comunicação se distingue dos outros por várias razões. Em primeiro lugar, Filipa Queiroz salienta que a Coimbra Coolectiva é uma publicação que não tem publicidade. Outro motivo diferenciador é a organização de várias atividades como debates, conversas, jogos, ‘speed-meeting’, entre outros. A codiretora adiciona que um dos principais objetivos da plataforma é transformar Coimbra num sítio melhor.
Já na segunda parte da sessão, foi palco de discussão o jornalismo de soluções. Através deste método, as oradoras pretendem, com a Coimbra Coolectiva, abordar temáticas como a mobilidade, por ser um assunto atual com o decorrer das obras do Metro-Bus. Também tencionam explorar o direito à cidade, devido à responsabilidade dos cidadãos sobre a mesma, no sentido de contribuírem e “transmitirem as suas ideias”, reitera Joana Araújo.
As responsáveis pela revista explicam que um dos propósitos deste tipo de jornalismo é apelar à ação dos leitores. Segundo Filipa Queiroz, o órgão de comunicação social utiliza “uma linguagem direta para agarrar a atenção das pessoas”. Joana Araújo considera que é “fácil identificar-se os problemas, o difícil é identificar o que cada um pode fazer”. Neste sentido, convidam os leitores a “darem a sua opinião, a participarem e a reagirem” em cada publicação, reforça.
