Ensino Superior

Estudantes ambicionam mais ação social

Marcelle Brooman

Eleitores sentem vontade de representar “voz estudantil”. Taxa de abstenção sobe em relação ao ano passado. Por Marcelle Brooman e Bruna Santa.

Nesta quinta-feira, 17 de novembro, decorreram as eleições para a Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra e para a Mesa da Assembleia Magna da AAC (MAM/AAC). Após a apresentação das candidaturas e das respetivas listas, os estudantes foram às urnas para decidir quem é que os vai representar. Além disso, expressam também as suas insatisfações, bem como os desejos para o futuro da gestão da Académica.  As eleições decorreram entre as 10 e as 19 horas.

As condições das infraestruturas e das cantinas, o valor da propina e a assistência psicológica aos estudantes são algumas das aspirações comuns aos entrevistados de idades, departamentos e cursos distintos. Sara Sousa (nome fictício), aluna do primeiro ano de Arquitetura desabafa que a propina não está a servir o seu propósito, uma vez que não há uma melhoria nas condições do seu departamento.

De um modo geral, é unânime a necessidade de “representar a voz estudantil”, como afirma David, estudante de Turismo, Território e Patrimónios, de forma a auscultar as vontades de cada discente da academia. Alguns sublinham a importância de mudar a estratégia de ação e a participação ativa no meio académico. Diana Oliveira, mestranda de Jornalismo e Comunicação, salienta que não basta colocar “panfletos colados nas paredes a dizer que se vai tentar”. Acrescenta, ainda, que se devem criar atividades não só relacionadas com manifestações, mas também para unir todos os alunos.

Quando questionados sobre o direito de voto, a maioria defende como um dos valores mais importantes da comunidade académica. Como David realça: “no fundo é dar a voz aos estudantes”. Continua ao dizer que “isto é uma maneira de o eleitorado (…) não ser só pessoas que pagam propinas, mas ser voz ativa no funcionamento da Universidade”.

O presidente da MAM/AAC, Daniel Tadeu, revela que se verificou a existência de problemas técnicos no servidor pelas 13 horas. Deste modo, alguns eleitores ficaram impossibilitados de votar durante cerca de 50 minutos. Comenta também que não houve uma interferência significativa nas abstenções. As eleições terminaram com 3303 votos contabilizados, o que corresponde a menos de 13,4 por cento do eleitorado.

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